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João ‘Bisnaga’ mira ouro no Grand Slam Texas e sugere superluta contra Cole Abate

Faixa-preta da Atos relembrou início no esporte e comentou treinos no tatame de André Galvão

João 'Bisnaga' quer mais um título de Grand Slam da AJP.
João ‘Bisnaga’ quer mais um título de Grand Slam da AJP. Foto: AJP

A entrada de João ‘Bisnaga’ Mendes no Jiu-Jitsu começou por conta de um motivo corriqueiro. O pai de João, procurando por uma atividade que disciplinaria o filho, encontrou no esporte a solução. Rebelde aos 11 anos de idade, o menino nascido em Curitiba viveu integralmente o Jiu-Jitsu logo nos primeiros meses e começou a competir antes de completar um ano de treinos. Se hoje vive uma carreira como faixa-preta, foi por conta da percepção do pai que enxergou na arte marcial uma oportunidade profissional para o filho.

“Eu vivia me metendo em confusão, foi uma forma que meu pai achou de me ensinar a ter disciplina e também aprender a me defender. Logo nos três primeiros meses meu pai viu que o Jiu-Jitsu podia ser uma profissão para mim. Eu terminava a escola e ia direto para a academia, chegava 12:30 e saia às nove da noite, todo dia.”, relembrou.

Na Atos, João se profissionalizou como faixa-preta

Com talento perceptível e resultados excelentes nos torneios importantes da IBJJF, João foi tetracampeão mundial lutando de juvenil, foi em 2016 que ele viu a carreira no Jiu-Jitsu realmente deslanchar, a partir da fase de adulto. Foi nesse ano que ele viajou para San Diego, nos Estados Unidos, para fazer o camp do Mundial na Atos de André Galvão. Na temporada, ele conseguiu o título de campeão mundial na faixa-roxa, lutando de kimono na Pirâmide. Hoje, João é oficialmente um faixa-preta representante da Atos, uma das equipes mais importantes do mundo.

“Eu vim a primeira vez em 2016 para treinar três semanas, foi quando eu ganhei o Mundial de faixa-roxa. Em 2017, 2018, eu vinha para lutar o Pan-Americano e ficava treinando para o Mundial. Eu decidi me mudar de vez em 2019, foi a melhor decisão que tomei na minha vida.”, afirmou. 

João 'Bisnaga' é um competidor experiente, ativo nas principais competições de Jiu-Jitsu desde a fase de juvenil.
João ‘Bisnaga’ é um competidor experiente, ativo nas principais competições de Jiu-Jitsu desde a fase de juvenil. Foto: @shotbyscills

Joia bruta, João Mendes chegou na Atos e foi muito bem lapidado. De acordo com ele, não há aspectos negativos em fazer parte de uma equipe que concentra diversos campeões mundiais. 

“Eu vejo vários pontos positivos em treinar na Atos, o primeiro é que temos vários campeões em todas as faixas e categorias, acredito que é o treino mais duro do mundo. Sempre que eu sinto que preciso evoluir em alguma coisa, existem parceiros de treinos que podem me ajudar, a gente tem muita variedade de treino e jogo”, detalhou ‘Bisnaga’.

Presença do faixa-preta está garantida no Grand Slam em Texas, no final do mês

No final do mês de setembro, João vai participar do Abu Dhabi Grand Slam em Dallas, no Texas. Ano passado ele faturou o ouro do Grand Slam da AJP em terras norte-americanas, mas em Miami. No peso pena, ‘Bisnaga’ ressalta a importância da constância diante da disputa com tantos competidores em destaque nessa divisão de peso. Outro ponto forte citado por ele, na preparação para o torneio, é o treinamento de força, uma qualidade que pode surpreender se tratando de atletas mais leves. 

“Na faixa-preta, especialmente no peso pena, existe muita gente boa e com muita experiência, acho que o segredo é a constância do trabalho duro, é o que vai te fazer chegar lá. Eu tenho treinado bastante e mudado algumas coisas no meu jogo, também estou focando há um tempo nos treinos de força, isso tem me ajudado muito e as expectativas são as melhores.”, revelou.

Projetando mais um ouro do Grand Slam da AJP, João ‘Bisnaga’ tem planos de conseguir uma superluta depois de competir no Texas. Para ele, essa seria a chance de obter mais visibilidade no cenário competitivo e, se puder escolher o adversário, ele já tem a resposta pronta. 

“Depois do Grand Slam, eu quero conseguir uma superluta, acho que vai ser uma boa forma de mostrar o meu Jiu-Jitsu e começar a aparecer mais. Pensei em uma luta com o Cole Abate no BJJ Stars ou no ADXC no Brasil. Seria uma boa opção.”, sugeriu o faixa-preta de André Galvão.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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