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ADCC x CJI: Cássio Silva prefere o legado, mas reconhece apelo da premiação

Faixa-preta que vive do Jiu-Jitsu em Paris, na França, é um dos atletas que investe nas competições da AJP, reconhecidas por valorizar o profissionalismo do esporte

Cássio Silva tem como meta participar de todos os Grand Slams da AJP em 2024, o título mais recente foi conquistado na Turquia.
Cássio Silva tem como meta participar de todos os Grand Slams da AJP em 2024, o título mais recente foi conquistado na Turquia. Foto: Divulgação / Instagram

Cássio Silva, faixa-preta que comanda a School of Champs em Paris, é um dos atletas que priorizam o ranking da AJP por conta da valorização dos atletas em termos de estrutura e, principalmente, premiação. A participação dos Grand Slams da federação, além da intenção de se manter livre de derrotas durante a temporada atual, é uma das metas principais de Cássio como lutador de Jiu-Jitsu ativo em competições.

A rivalidade entre ADCC e CJI é um dos assuntos mais comentados no cenário do grappling. A iniciativa de Craig Jones, rivalizando com o torneio de submission mais tradicional do mundo, na idealização do CJI teve como ponto de partida a prova de que é possível convocar estrelas do esporte para lutar, pagando uma boa quantia em dinheiro. A data e o local para transformar a primeira edição do evento em realidade foi escolhida a dedo: Las Vegas nos dias 16 e 17 de agosto, mesmo final de semana do evento principal do ADCC, que também vai acontecer, como todos os anos, nessa mesma cidade norte-americana.

Para Cássio, rivalidade vai resultar em consequências positivas para os atletas

Com a saída de inúmeros atletas do ADCC para disputar o título do CJI, que vem acompanhado de uma quantia mais satisfatória em dinheiro, passou-se a discutir o peso do legado e da compensação financeira. O que vale mais? Cássio Silva fica com a primeira opção, apesar de acreditar que a movimentação de Craig Jones vai ter consequências positivas em termos de valorização dos atletas.

“O que tornou o ADCC o que é hoje é o fato de sempre ter os atletas mais duros, acho que a visão do CJI vai ajudar bastante na valorização dos atletas, como é o caso da AJP, que pode fazer com que a IBJJF dê uma acordada. Eu, pessoalmente, prefiro o legado e escolheria o ADCC se estivesse no lugar dos atletas, em vez do dinheiro, mas se pudesse ter os dois, seria bem melhor para todos. Com certeza o CJI vai mudar muitas coisas positivamente.”, opinou Cássio.

Trazendo o tema exclusivamente para o Jiu-Jitsu de kimono, Cássio já vislumbra uma rivalidade de grande porte entre IBJJF e AJP. Para ele, se o investimento da federação dos Emirados Árabes fosse ainda maior, com eventos importantes agendados com conflito de data entre IBJJF e AJP, os atletas poderiam se beneficiar com a concorrência.

“Como falei, se a AJP colocar mais dinheiro como o CJI e agendar o torneio mundial na mesma data do Mundial da IBJJF, acho que os campeões iriam se dividir e talvez isso faria com que a IBJJF tivesse que agir.”, comentou o faixa-preta.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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