Pedro Rubim é o tipo de atleta que fez por merecer a boa reputação quando conquistou a faixa-preta, em julho do ano passado. Depois de desempenhar uma boa campanha nas faixas coloridas, entre a roxa e a preta, Rubim conseguiu o tricampeonato no Europeu da IBJJF, além de ter sido campeão mundial e brasileiro pela mesma federação internacional. No World Pro, da AJP, o atleta também deixou sua marca ao faturar uma medalha dourada.
Em entrevista ao VF Comunica, Pedro Rubim, que hoje está na América, falou um pouco sobre as suas origens na Arte Suave. No início, ele teve que conciliar os treinos com o trabalho do dia a dia. O esforço dele fez com que conseguisse, em um futuro nem tão distante, viver do esporte.
“Eu comecei a treinar em um projeto social na comunidade onde eu moro, esse projeto era filiado à equipe GFTeam. Com o fim do projeto, eu mudei para a equipe do meu mestre Arthur César Gogó. Comecei muito novo a trabalhar em uma oficina de motos, até o dia que tive a oportunidade de lutar o World Pro e assim me dedicar 100% ao esporte.”, contou Rubim.
Segundo Pedro, treino focado em correção de erros foi responsável pela performance campeã
No Austin Summer Open, esse mês, Pedro estreou na faixa-preta e entregou uma performance agressiva lutando de kimono. Como resultado, ele levou para casa o ouro duplo com uma taxa de finalização de 100%.
“Felizmente consegui estrear com ouro duplo finalizando todas as lutas, eu tinha ficado um tempo fora das competições por motivos pessoais, porém nesse período eu dediquei meu tempo a errar o mínimo possível enquanto treinava e acredito que isso foi o diferencial para eu conseguir uma boa performance.”, comentou.
Com o objetivo de expandir o campo de atuação nas artes marciais, o faixa-preta está treinando trocação e grappling. Com isso, ele abre duas possibilidades para a sua carreira de lutador.
“Eu estou com um foco no MMA e com isso eu consigo conciliar bem com o Jiu-Jitsu sem kimono. Como estou nos EUA, aqui eles tem valorizado muito o No Gi. Então, é uma boa oportunidade.”, destacou Pedro Rubim.
No exterior, Rubim tem treinado em alto nível com referências do esporte
Nos Estados Unidos, Pedro se sente privilegiado com a oportunidade de se dedicar integralmente a uma rotina de treinos. Na academia, ele está aproveitando ao máximo a chance de treinar com expoentes da antiga e da nova geração do Jiu-Jitsu, ele cita Ricardo Evangelista e Samuel Nagai como importantes reforços.
“Hoje eu consigo ter uma vida focada 100% nos treinos. Aqui em Houston eu tento buscar os melhores treinos possíveis. Tenho treinado muito com o Ricardo Evangelista, há pouco tempo comecei a treinar com o Samuel Nagai e com o Matheus Gabriel, e isso tem me dado um up em todas as áreas.”, afirmou.
Ao longo da segunda metade da temporada, Pedro Rubim já tem marcações na agenda nos Estados Unidos. Depois, está nos planos um retorno ao Brasil para mais competições. Com o fim da pausa por questões pessoais, ele está mais do que motivado para deslanchar na elite da faixa-preta.
“Tenho 4 compromissos marcados com alguns eventos aqui nos EUA, depois disso pretendo voltar ao Brasil, mas também estou de olho no World Pro, Sul-Americano e Europeu Nogi. Veremos o que acontece.”, concluiu.