
Maximus Caio, atleta de nome imponente, é um dos prodígios treinados na escola de Jiu-Jitsu de Melqui Galvão em Jundiaí, São Paulo. Faixa-verde de Jiu-Jitsu, recém-graduado pelo mestre, Caio tem no currículo títulos que o colocam em evidência na cena competitiva e muita disposição para continuar fazendo um bom trabalho como atleta profissional.
Manaura, terra dos colegas campeões Mica Galvão e Diogo ‘Baby Shark’ Reis, Caio contou à equipe do VF Comunica como conheceu Melqui e passou a integrar o time de uma das maiores referências do esporte. Ele conheceu o Jiu-Jitsu com o Mestre Veiga, em Manaus, em 2017, mas foi em uma aula de natação, dois anos depois, que surgiu a oportunidade de treinar com o timaço de Melqui.
“Quando treinava natação, eu e minha mãe tivemos a oportunidade de conhecer o mestre Melqui. Por ironia do destino ele estava acompanhando o treino dos atletas dele. Então minha mãe, que conversa bem pouquinho e é pouco orgulhosa do filho, foi logo anunciando que eu praticava Jiu-Jitsu. Foi assim que o mestre fez o convite para um treino experimental. Desde então treino com o mestre Melqui e foi a partir daí que descobri a verdadeira essência dos tatames.”, contou.
Maximus Caio performou este ano no ADCC, tradicional torneio de Jiu-Jitsu sem kimono
Hoje aos 14 anos de idade, Caio conseguiu feitos importantes desde que começou a competir no alto rendimento. Ele é tricampeão brasileiro, bicampeão sul-americano e, este ano, conseguiu a medalha de prata no ADCC Youth, em Las Vegas, na primeira edição do evento de grappling totalmente destinada à nova geração. Na entrevista, ele citou a medalha de ouro do Brasileiro de 2024 como a sua conquista predileta.
“Meu ouro favorito é o do Brasileiro de 2024, mas minha melhor experiência este ano foi ter ido para Las Vegas competir no ADCC. Na próxima temporada, meus objetivos são o Europeu, Pan-Americano, Pan No-Gi e Brasileiro.”, compartilhou.

Rotina no esporte faz parte da aceitação do Jiu-Jitsu como uma profissão levada muito a sério
Caio é jovem, com um bom caminho para trilhar até a maioridade e a chegada à classe dos competidores do adulto. Pouca idade e uma faixa colorida na cintura não o impedem de enxergar o Jiu-Jitsu com maturidade, como um dom e uma profissão.
“Encaro o Jiu-Jitsu como um verdadeiro trabalho, um dom dado por Deus, nasci para essa profissão e, como todo bom profissional, procuro dar o meu melhor sempre, com disciplina, resiliência e muita, mas muita força de vontade. Tenho uma vontade de vencer que mora dentro de mim, estou sempre preparado para sair no braço e fazer acontecer.”, destacou.
A falta de incentivo e a carência de políticas públicas de apoio ao atleta são empecilhos citados por Caio. Ele conta que vive uma rotina intensa de treinos e precisa driblar todos os obstáculos para se manter como atleta profissional.
“A minha rotina é bem pesada, treino seis vezes por dia. Três desses treinos acontecem pela manhã, mais dois na parte da tarde e, para finalizar o dia, treino à noite. Estar entre os melhores é uma experiência maravilhosa porque mostra que com disciplina e trabalho duro conseguimos ser tão bons quanto eles, ou quem sabe até melhores. Resumindo, o sucesso só depende de uma boa oportunidade e do nosso próprio esforço.”, afirmou Maximus.