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Raio-X de Diogo Reis: da descoberta do Jiu-Jitsu em Manaus ao bicampeonato no ADCC

Faixa-preta de Melqui Galvão pavimentou um caminho de glórias e se tornou uma referência no alto rendimento

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Diogo Reis comemora segundo título seguido conquistado no ADCC, em agosto do ano passado.
Diogo Reis comemora segundo título seguido conquistado no ADCC, em agosto do ano passado. Foto: The Grapple Culture

Diogo Reis, carinhosamente conhecido como ‘Baby Shark’ na comunidade do Jiu-Jitsu, é mais um dos talentos do esporte descobertos em Manaus, no Amazonas. Hoje faixa-preta com prestígio no mundo todo, Diogo, que ainda é jovem, faz 23 anos no mês que vem, aprendeu desde a infância que a dedicação ao esporte poderia mudar a sua vida. A falta de recursos não o impediram de insistir e a crença em si mesmo fez dele um ídolo. 

Antes de mergulhar no Jiu-Jitsu, Diogo Reis chegou a se aventurar no futebol, mas a prática não despertou a mesma paixão que ele encontrou no tatame. Por influência do irmão mais velho, o Dioguinho, com 10 anos de idade, topou vestir o primeiro kimono modesto para se revelar um talento. Naquela época, Diogo era guiado pelo professor Alexandre Oliveira, que permaneceu ao lado dele até a faixa-amarela.

O interesse maior por uma carreira profissional como atleta de Jiu-Jitsu coincidiu com o encontro com Melqui Galvão, em 2014. Já reconhecido como formador de campeões na região, houve um consenso de que, naquela altura, seria mais interessante para o futuro de Diogo se ele migrasse para o time de Melqui. Deste então, ele nunca mais se afastou de Mica Galvão e companhia. 

'Baby Shark' conquistou uma legião de admiradores por conta de sua trajetória vitoriosa por meio da perseverança. Na imagem, o faixa-preta comemora o primeiro título mundial do ADCC.
‘Baby Shark’ conquistou uma legião de admiradores por conta de sua trajetória vitoriosa por meio da perseverança. Na imagem, o faixa-preta comemora o primeiro título mundial do ADCC. Foto: The Grapple Club

Com performances de destaque nas faixas-coloridas, da faixa-laranja a marrom, o jovem manauara chegou à elite da faixa-preta com grande autoridade, graduado em dezembro de 2020. No ano seguinte, temporada de estreia na faixa-preta, Diogo Reis conseguiu o primeiro título expressivo no alto rendimento, foi campeão do Abu Dhabi World Pro, da AJP Tour.

Respeito máximo foi conquistado por Diogo com o topo alcançado no ADCC

A jornada vitoriosa de ‘Baby Shark’ no grappling encontrou seu apogeu nos dois títulos mundiais que ele conquistou no ADCC, torneio sem kimono mais prestigiado do mundo. Em 2022, no evento principal, o pupilo de Melqui Galvão reinou na divisão até 66 kg, vencendo oponentes duros como Fabrício Andrey e Gabriel Sousa, que ele superou na grande final. Como o ADCC acontece de dois em dois anos, Diogo Reis ficou diante da oportunidade de defender o título em 2024 na T-Mobile Arena, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Dessa vez, para emplacar o bicampeonato, o brasileiro teve que finalizar Diego ‘Pato’, rival da AOJ, na guerra que foi a luta decisiva pelo título. 

Na temporada vigente, Diogo Reis promete continuar a voar alto. Como meta, ele quer capturar ouros inéditos desde o início da sua trajetória na faixa-preta. O título no Mundial de kimono da IBJJF, na Califórnia, está no alvo. A primeira colocação no Europeu, em Lisboa, ele já riscou da lista de principais objetivos. No dia 7 de março, ele vai estrear no ONE FC lutando grappling, em Bangkok, na Tailândia, contra o japonês Shoya Ishiguro. Diogo, que vai lutar no peso mosca, promete ser um forte concorrente ao título que já pertenceu a Mikey Musumeci e hoje está vago.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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