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Caio Almeida vai em busca do ouro duplo no World Pro em Abu Dhabi, lutando nas divisões master e adulto

Líder da Almeida JJ é tricampeão na competição entre os atletas acima dos 30 anos de idade

Caio Almeida promoveu campeonato interno na Almeida JJ valendo cinturão.
Caio Almeida promoveu campeonato interno na Almeida JJ valendo cinturão. Foto: Arquivo Pessoal

Caio Almeida é um faixa-preta que vibra com o ambiente competitivo. Desde muito jovem, ainda nas faixas coloridas infantis, o ambiente de competição faz parte da sua vida. Foi com essa mentalidade que Caio teve mais uma ideia dentro do tema: organizar um campeonato interno na própria academia para premiar dois campeões com cinturões. Um evento modesto, mas rico em significado. 

“Eu coloquei dois cinturões em jogo, roxa master até 76 kg e roxa master acima de 76 kg, dois absolutos, um leve e um pesado. Todo mundo sonha com um cinturão, tirar foto com um, ganhar um cinturão. Eu me dei conta de que queria proporcionar isso aos meus alunos. Eles participaram, competiram, e ainda conseguimos gerar uma renda extra para a academia. Ano que vem vamos fazer um evento maior da Almeida JJ, com várias áreas de luta, arbitragem federada, tudo isso.”, planejou Caio.

O objetivo principal de iniciativas como essa é aprimorar alunos como indivíduos, dentro e fora do tatame

Além de familiarizar o aluno com o clima da competição, um ambiente assustador para muitos praticantes de luta, Caio comentou que esse tipo de iniciativa, de submeter o aluno ao desconforto, promove desenvolvimento pessoal. De acordo com o faixa-preta líder da Almeida JJ, inserir no dia a dia do aluno esses pequenos empecilhos, como o estresse da competição, é um recurso que pode ajudá-lo fora do tatame, sentindo-se mais confiante em uma entrevista de emprego, por exemplo.

“Ficou um ambiente muito bom, leve, os alunos começaram rindo e terminaram de lutar da mesma forma. Isso soma demais para quando eles decidirem lutar fora de casa, isso não vai ser mais uma novidade, a adrenalina, esse ambiente de estresse. São essas pequenas dificuldades que nós professores colocamos na vida dos alunos que faz com que eles se tornem grandes lutadores. Nós professores somos agentes de transformação e temos instrumentos para fazer isso. Não é sobre transformar um aluno em campeão mundial, mas fazer ele se enfrentar, ser melhor do que era quando chegou aqui.”, refletiu.

Competição interna, segundo Caio, promove desenvolvimento pessoal dos alunos e faz com que eles se habituem com o ambiente de competição.
Competição interna, segundo Caio, promove desenvolvimento pessoal dos alunos e faz com que eles se habituem com o ambiente de competição. Foto: Arquivo Pessoal

Confiante e se sentindo bem para lutar nas duas divisões de idade, é assim que Caio Almeida se descreve

O World Pro em Abu Dhabi, da AJP Tour, vai acontecer agora em novembro e Caio Almeida, tricampeão entre os masters, está embalado para buscar o quarto ouro. Em primeira mão, ele revelou à equipe do VF Comunica que está inscrito também na categoria dos adultos, um ato que evidencia sua autoconfiança.

“Essa rotina de treinar todos os dias com os meus alunos adultos, meus masters são muito duros também, me deixa muito confiante. Estou fazendo o camp 100% na Almeida JJ. Pretendo surpreender com o quarto título, mas também estou inscrito na categoria dos adultos. Estou me sentindo bem para fazer os dois.”, afirmou.

Apesar de confiante, Caio não conta com a vitória antes do tempo e reconhece que há desafios que precisam ser superados na jornada até o topo do pódio. Segundo ele, o fuso horário é uma grande dificuldade. O conjunto de regras, diferente da IBJJF, é também motivo de alerta.

“O fuso horário para mim é a parte mais desafiadora, são sete horas de diferença. Eu não sou uma pessoa que tem facilidade de dormir. Então, eu sempre sofro muito nos Emirados. Lutar com a galera de lá que é o maior problema, que já estão acostumados com tudo, com o ambiente, com as regras. Eu não posso negligenciar também o fato de lutar em uma regra na qual a vantagem já é ponto. É muito difícil se colocar nesse movimento com pessoas que competem e trabalham dentro dele.”, avaliou Caio.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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