
Já fazem oito anos que a Almeida JJ atua na cena do Jiu-Jitsu como uma equipe, mas a história começou bem antes, no início dos anos 2000, quando Diogo Almeida, irmão de Caio, montou um projeto social de Jiu-Jitsu em Itaquera, São Paulo. Caio Almeida, que hoje está bem na linha de frente na condução do time competitivo, contou à equipe do VF Comunica sobre o início de tudo.
“Em 2016 foi o primeiro ano como equipe, mas o projeto que foi a origem de tudo foi fundado pelo meu irmão Diogo Almeida quando ainda estávamos na faixa-roxa. O projeto foi iniciado nos fundos da casa da minha mãe. O meu irmão Diogo comprava o tecido e as mães dos alunos costuravam os kimonos para ele. Assim começou o projeto. Eu sou o cara que deu continuidade a isso, não posso tirar o mérito do Diogo. E ele está do meu lado nisso.”, afirmou Caio.
Mudar vidas; esse foi o objetivo principal no nascimento da equipe
O principal objetivo que moveu a Almeida JJ em seus primeiros passos foi a transformação de vidas. Começar um negócio, do porte que a Almeida é hoje, foi apenas consequência de um trabalho desenvolvido com o coração dos envolvidos.
“A empolgação do novo, a motivação do novo, e o medo também, foram sensações que marcaram muito no início. Ter uma equipe nunca ardeu no meu e no coração dos meus irmãos. Ter a Almeida JJ foi algo que simplesmente aconteceu. Eu acho que esse misto de sensações, de medo, medo do desconhecido, com a fé que a gente tinha, fé de que ia dar certo, foi uma das coisas que mais me marcaram.”, contou Caio.
Caio Almeida tem boas memórias dos treinos de competição dos primeiros anos
Depois que o time se expandiu, do projeto de quintal à equipe com filiais em São Paulo comandada pelos irmãos e outros professores, a Almeida JJ viveu um dos seus ápices em termos de competitividade. Caio contou que os treinos de competição eram diários, com todos os atletas das filiais unidos em um mesmo tatame, um ambiente que já incluía faixas-pretas hoje renomados da Almeida, como Leo Lara, Bia Basílio, Natália Zumba e Cleber ‘Clandestino’. Com oito anos de fundação, o time dos irmãos Almeida conseguiu oito títulos paulistas, soberanos de ano a ano.
“Eu lembro que no início o nosso foco era ganhar um campeonato regional, era o ápice para a gente, da Federação Paulista, por exemplo. Expoentes como a Bia Basílio e Cleber ‘Clandestino’, quando eles ainda estavam na faixa-roxa, faixa-marrom, eles deixavam de lutar BJJ Pro da IBJJF para lutar no torneio paulista porque a gente queria muito. Isso marcou muito, a entrega, todo mundo queria pontuar para deixar o nosso time na vitrine de São Paulo”, contou.

Caio, que formou faixas-pretas que hoje competem no alto nível, diz que foi muito criticado por ter investido sem hesitação no futuro de jovens que hoje vivem do esporte e ajudar na condução da Almeida JJ.
“As pessoas não entendiam porque um cara como eu, com 26 anos, ficava andando com um monte de adolescentes. As crianças viraram homens, viraram mulheres, e iniciamos esse trabalho na Almeida JJ. São eles que são os nossos principais atletas e professores na nossa academia. Não posso dizer que foi algo pensado e organizado, mas foi algo que nós entregamos o nosso coração, nosso tempo e saúde.”, afirmou o líder.