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Quem é Sarah Galvão? Saiba mais sobre o fenômeno com estreia marcada no WNO

Faixa-marrom da Atos é filha de André Galvão, líder da equipe; talento para o Jiu-Jitsu corre na veia da atleta

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Sarah Galvão comemora ouro duplo no Europeu com os pais Angélica e André Galvão.
Sarah Galvão comemora ouro duplo no Europeu com os pais Angélica e André Galvão. Foto: Divulgação / Instagram

Norte-americana, mas filha de André Galvão, brasileiro que é ídolo do Jiu-Jitsu, Sarah Galvão já deu evidências de que é um fenômeno do esporte. A familiaridade com a arte marcial, portanto, aconteceu de forma absolutamente natural para Sarah. Angélica Galvão, mãe dela, também construiu uma bela carreira como atleta antes de se dedicar ao desenvolvimento da Atos. Quis o destino, e um empurrãozinho da genética, que Sarah demonstrasse uma aptidão fora da curva, assim como o pai multicampeão.

A última aparição de Sarah nos tatames foi no Europeu da IBJJF, que aconteceu no Pavilhão de Odivelas em Lisboa, Portugal. Mesmo palco que abrigou o título de campeão peso e absoluto para o faixa-preta André Galvão, em 2015. Sarah marcou forte presença como o pai e também faturou as duas medalhas de ouro, mas lutando entre as atletas da faixa-marrom, no adulto. No peso pena, categoria na qual competiu, a campeã finalizou todas as lutas. Nas disputas do aberto, foi avançando na chave com a mesma autoridade. 

Depois do Grand Slam da IBJJF na faixa-roxa, Sarah Galvão continuou a trajetória de ascensão

Em 2024, ainda faixa-roxa, Sarah Galvão foi campeã nas competições que compõem o Grand Slam da IBJJF, começando pelo Europeu, depois Pan-Americano, Brasileiro e, por fim, pelo Mundial. Quando ela fechou o ciclo na Pirâmide, na Califórnia, foi graduada à faixa-marrom no pódio. Desde então, ela manteve a estabilidade de bons resultados e passou a aterrorizar atletas mais experientes.

Em competições da AJP Tour, que mesclam faixas marrons e pretas na mesma divisão, Sarah não se intimidou e entrou para vencer. No Grand Slam do Rio de Janeiro, que aconteceu um mês depois da sua promoção de faixa, a jovem superou favoritas, faixas-pretas, e fez por merecer mais um ouro. Em direção ao lugar mais alto do pódio, Sarah enfileirou vitórias sobre Maria Luisa Delahaye, Júlia Alves e Vitória Vieira, que enfrentou na final; atletas tarimbadas que já estavam na elite do esporte quando a jovem, com 17 anos naquela ocasião, tinha acabado de chegar.

No mesmo ano em que foi promovida à faixa-marrom, Sarah Galvão foi campeã mundial de Jiu-Jitsu no World Pro de Abu Dhabi.
No mesmo ano em que foi promovida à faixa-marrom, Sarah Galvão foi campeã mundial de Jiu-Jitsu no World Pro de Abu Dhabi. Foto: Divulgação / Instagram

No World Pro da mesma federação, Sarah Galvão conseguiu mais uma vez o feito, mas dessa vez o título teve relevância mundial. Na chave, ela superou duas faixas-marrons, Aila Solecki nas oitavas e Tamara Toros na finalíssima. Nas quartas e na semi, para avançar, ela precisou vencer as faixas-pretas Natália Zumba e Rafaela Bertolot. Essa conquista deu ainda mais notoriedade para a família Galvão, composta por André, Angélica e Sarah. Foi a primeira vez na história do esporte em que pai, mãe e filha foram campeões do mesmo torneio, na divisão faixa-preta adulto.

Estreia da multicampeã no grappling profissional abre caminho para mais oportunidades em superlutas

Na próxima sexta, dia 7, Sarah Galvão vai fazer sua estreia no grappling profissional. Ela vai enfrentar Katie Carr, faixa-marrom de Jiu-Jitsu e, tal qual Sarah, novata no WNO. Na luta, que faz parte do card preliminar do evento em Costa Mesa, na Califórnia, Sarah entra como favorita. Para respaldar a reputação, além dos múltiplos títulos de kimono, ela tem o ouro conquistado no Mundial No Gi na reta final de 2024, mais um ponto alto da carreira na faixa-marrom.

O ingresso de Sarah Galvão na cena de superlutas acende o alerta para uma possibilidade de confronto que faria muito sentido no contexto atual. Um duelo entre a representante da Atos e Helena Crevar, pupila de John Danaher que também tem predicados de fenômeno, é uma realidade que pode não estar muito distante e é bem capaz que um matchmaker possa viabilizá-lo logo. Seria um embate resolvido no detalhe, com entrega de um Jiu-Jitsu agressivo de ambos os lados.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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