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Fábio Gurgel faz reflexão sobre a possibilidade do Jiu-Jitsu olímpico

Para o líder da Alliance, migração valorizaria o atleta, mas o praticante comum sairia prejudicado

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Fábio Gurgel tem ampla experiência com o Jiu-Jitsu, como atleta e empresário.
Fábio Gurgel tem ampla experiência com o Jiu-Jitsu, como atleta e empresário. Foto: G4 Educação

Fábio Gurgel, o ‘General da Alliance’, tem uma experiência inquestionável sobre o Jiu-Jitsu como uma fonte de oportunidades. Em entrevista ao Papo Cruzado, do canal Combate, conduzido por Fabrício Werdum e Kéfera Buchmann, o faixa-coral analisou um tema que sempre encontra meios de aparecer – a transformação do Jiu-Jitsu para esporte olímpico. 

Atualmente, o Jiu-Jitsu não é uma modalidade olímpica e isso cria terreno para uma variedade enorme de campeonatos organizados mensalmente, com diversidade igualmente grande de federações. Além disso, de acordo com a opinião do fundador da Alliance, uma das principais equipes do mundo, difundir o Jiu-Jitsu não é somente defender os fins competitivos. Para ele, migrar para o território olímpico poderia gerar um controle que poderia favorecer a prática unicamente esportiva, ignorando o valor de outras facetas da prática. 

“Eu acho que condição tem, mas a pergunta é: ‘Isso seria bom para o Jiu-Jitsu?’, aí eu já tenho as minhas dúvidas, porque o que eu vejo acontecer normalmente nos esportes olímpicos é um controle quase que total governamental. Quer dizer, existe uma política pública para fazer com que os atletas performem e representem o país. Eu vejo o Jiu-Jitsu esportivo como um pequeno pedaço de um grande organismo.”, pontuou Gurgel.

Para Fábio Gurgel, o Jiu-Jitsu praticado hoje atende às necessidades do atleta e do praticante comum

Quando o líder cita que a parte competitiva é apenas uma parte, ele se refere à adoção do esporte como um lifestyle. As academias no país, e no mundo, são amplamente frequentadas por não atletas e fazer do Jiu-Jitsu um esporte olímpico poderia encolher a oferta de academias para atender ao estilo de vida do praticante comum.

“Quando você bota o esporte olímpico, a tendência é que você diminua a possibilidade das academias e favoreça os clubes. Se você pegar os esportes olímpicos de arte marcial, quantas academias de Judô tem no Brasil hoje? Muito menos quantidade do que tem de Jiu-Jitsu, infinitas vezes, porque o Judô está nos clubes. Para a vida do atleta eu até entendo que é uma boa coisa, para o Jiu-Jitsu como ferramenta de desenvolvimento pessoal e como expansão da cultura brasileira, de mostrar um pouco da relação do brasileiro e da nossa cultura, eu acho que não seria um bom caminho o Jiu-Jitsu virar olímpico.”, complementou.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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