
Bicampeão mundial de Jiu-Jitsu sem kimono pela IBJJF, Everton Teixeira está apto a encerrar a temporada com a sensação de missão cumprida. No último final de semana, o faixa-preta de Bruno Frazatto, da Atos, faturou o ouro no Mundial No Gi, em Las Vegas, competindo entre os atletas adultos do peso galo.
O resultado foi o melhor possível, topo do pódio depois da demonstração de um Jiu-Jitsu de qualidade, desde às quartas de final até a última luta. Para Everton, em entrevista ao VF Comunica depois da competição, a campanha positiva foi uma grata recompensa por toda a disciplina da preparação.
“Minha campanha no Mundial No-Gi foi muito especial. Foi o resultado de meses de trabalho duro, foco e dedicação. O que mais fez diferença foi a minha mentalidade e a vontade de ser campeão. Eu já tinha vencido no ano passado e sabia que era questão de repetir o processo, porque é isso que o campeão faz: ele vence. Além disso, ter o Professor Bruno Frazatto no meu corner foi essencial. A experiência dele sempre traz confiança, e isso fez muita diferença em momentos importantes.”, contou.
Na luta contra Lucas Castro, na final, Everton teve que identificar o melhor momento para agir
A luta final do peso galo contra o atleta Lucas Castro, um dos destaques da Gracie Barra, colocou a paciência de Everton à prova. Aliás, essa é uma das características mais essenciais de um campeão. Esperar a hora certa de agir, sem desespero.
“Sobre a final, foi uma luta que exigiu paciência e estratégia. Quando meu oponente pegou minhas costas, me mantive calmo, controlando cada movimento para evitar a pontuação e esperando a hora certa de sair. No fim, consegui inverter a posição e buscar a finalização. Foi um momento de muita concentração, que mostrou como manter a cabeça no lugar pode mudar o rumo de uma luta.”, afirmou Everton.
Junto com a única finalização da campanha no Mundial No Gi, Everton escolheu outro confronto, das quartas, para analisar melhor no bate-papo. Para avançar na chave, ele teve que vencer Michael Jalen, adversário duro da Alliance. O campeão mundial sem kimono no peso galo também fez questão de enaltecer Lucas Castro, um oponente de longa data, vice-campeão no torneio.
“Das lutas que eu fiz, as que mais gostei foram as quartas de final e a final. Nas quartas, enfrentei Michael Jalen, da Alliance, um atleta jovem e muito talentoso. A luta foi bem movimentada, com ataques de ambos os lados. Eu gosto desse tipo de desafio, que me tira da zona de conforto, e essa luta foi exatamente assim. Na final, enfrentei Lucas Castro, um adversário com quem já lutava desde a categoria juvenil. É incrível ver o quanto nós dois evoluímos dentro do esporte. O Lucas é extremamente técnico e estratégico, e sempre me força a dar o meu melhor. Foi muito especial dividir mais esse momento com ele.”, explicou.
Com a meta de continuar entre os melhores, faixa-preta já vislumbra superluta com astros do esporte
Em posição de destaque com o bicampeonato mundial, Everton Teixeira vislumbra grandes possibilidades no futuro como atleta de grappling. Comprometido com a missão de continuar evoluindo, ele diz que vai estar presente nos maiores campeonatos, em busca de mais desafios, lutando tanto com quanto sem kimono. Para uma superluta, quando a oportunidade aparecer, ele tem a mira apontada para ídolos do esporte.
“Em uma super luta, seria incrível enfrentar alguém como Caio Terra, Mikey Musumeci ou Felipe Machado. São atletas que admiro muito e seria um grande teste. Ser campeão mundial duas vezes é algo muito importante para mim. Não é só uma confirmação do meu trabalho, mas também um símbolo de consistência e evolução. Esses títulos abrem portas e aumentam a responsabilidade de representar bem o Jiu-Jitsu. Mais do que isso, eles me motivam a inspirar quem está começando no esporte.”, concluiu Everton.