
Ulpiano Malachias é dono de uma carreira de sucesso como empreendedor no universo do Jiu-Jitsu. Ulpiano é o proprietário das escolas Gracie Barra Westchase e River Oaks, no Texas. O faixa-preta é um dos responsáveis por tornar o estado um dos principais polos da Gracie Barra nos Estados Unidos.
As escolas são referências no ensino do Jiu-Jitsu porque atendem tanto os competidores quanto aqueles que treinam por lazer. A metodologia que Ulpiano propaga foi um dos diferenciais que o fez decolar no ramo dos negócios. Neste ano, Ulpiano inaugurou a GB River Oaks e a academia já conta com mais de 200 alunos.
Em entrevista ao VF Comunica, Ulpiano Malachias contou quando decidiu migrar para a carreira de empreendedor no Jiu-Jitsu.
“Decidi entrar no mundo dos negócios em 2007. O Carlinhos Gracie tinha acabado de montar a primeira Gracie Barra no padrão de franquia, que na época se chamava Gracie Barra Lake Forest. E eu ajudava o Marcio, Flavio e o Carlinhos a dar aula lá. Até que um dia, o Carlinhos me pediu para eu montar uma academia para ser a primeira Gracie Barra no sistema de franquia no mundo. Foi a GB Santa Ana, nesse momento decidi que queria seguir esse caminho”, relembrou Ulpiano.
Ulpiano comenta vida pós-carreira
Ulpiano listou alguns conselhos aos atletas que desejam mergulhar nos negócios após o fim do ciclo como lutador profissional.
“Em primeiro lugar, a carreira de um atleta é bem curta. O cara luta em alto nível por dez anos mais ou menos. Depois, a vida segue. Hoje em dia, alguns atletas conseguem se manter sem levar vida de professor, mas ele precisa estar focado. Além disso, precisa estudar, fazer cursos, ter uma noção de gestão e ser um líder”, confirmou o mineiro.

Ulpiano vibra com prosperidade no Jiu-Jitsu
Ulpiano hoje é um empresário renomado, mas já foi um iniciante no setor, assim como todos que partem para uma nova etapa. O professor relembrou os principais obstáculos que superou para se consolidar na área.
“Começar do zero é sempre um desafio, seja começar uma academia ou lutar num outro formato de campeonato. Então, a maior dificuldade foi entender que o Jiu-Jitsu não era só para o competidor. Têm pessoas que querem treinar, conhecer a arte, mas não têm vontade de competir. Alguns não querem se machucar, porém, treinam pelo ambiente e para se exercitar. Ele se sente bem por estar em volta do atleta e por estar ali sem ser um lutador. Com exceção de algumas academias, 90% das pessoas treinam por lazer. Alguns até competem, mas não são atletas. Então, é necessário criar uma aula estruturada para que todos consigam treinar. Não importa se ele for mais novo ou mais velho”, afirmou o faixa-preta.
Ulpiano Malachias celebrou o momento profissional que vive atualmente e disse que isso é resultado do que ele plantou durante esses anos.
“Ter duas academia prósperas significa que estou no caminho correto. Estudei os passos do Carlinhos, do Draculino e tento replicar tudo que aprendi. Esse sucesso me enche de orgulho porque a gente não pensa na dimensão das coisas quando começamos. A pessoa que faz o bem colhe o bem. Sempre me dispus a ajudar a galera no Jiu-Jitsu e ajudar os outros abre as portas para eu ter mais sucesso”, concluiu Ulpiano.