
Royce Gracie, mestre de Jiu-Jitsu faixa-coral, disse em entrevista não acreditar no termo ‘masculinidade tóxica’. A declaração de uma das figuras mais representativas da família Gracie aconteceu no programa Real Talk, do canal do YouTube PragerU. Royce falou sobre bullying e construção de autoconfiança em meninos por meio da prática da arte marcial. Nessa linha de raciocínio, ele destacou a eficiência do Jiu-Jitsu com relação à defesa pessoal.
O argumento de Royce, um dos lutadores que provaram a eficiência do Jiu-Jitsu em grandes plataformas, o filho de Hélio Gracie foi o vencedor das primeiras edições do UFC, tem como base a própria experiência dele com o ensino da Arte Suave nos Emirados Árabes. De acordo com ele, o contato infantil com a arte marcial é extremamente benéfico na construção de um bom caráter.
“Isso cria confiança nos alunos, ensina-os a se defender. Não estamos ensinando eles a se tornarem lutadores, mas a se defenderem. Como não sofrer bullying e como proteger os outros. Estamos ensinando disciplina. Seja pontual, traga seu kimono. Se eles disserem: ‘Minha mãe esqueceu o kimono’, eu rebato dizendo que isso não é um problema da mãe deles, é uma responsabilidade própria. Isso ensina responsabilidade, respeito e disciplina”, explicou.
Para Royce, a prática do Jiu-Jitsu desde cedo corta o mal do bullying pela raiz
No mesmo argumento, Royce disse também que a prática do Jiu-Jitsu não somente ensina a vítima a se proteger, mas evita que mais ‘valentões’ causem problemas. Afinal, de acordo com ele, quem pratica esse tipo de ato tem carência de confiança em si mesmo. Portanto, existe uma necessidade de autoafirmação sobre a vulnerabilidade dos mais fracos fisicamente.
“Por que os ‘valentões’ pegam no pé dos outros? Ninguém se questiona sobre isso. Porque frequentemente eles não têm autoconfiança. Eles tentam provar o quão durões são ao escolher crianças menores. Mas se eles aprenderem artes marciais, se aprenderem o Jiu-Jitsu da família Gracie, eles vão saber o quão duros são. Eles não vão precisar provar isso machucando os outros. Essa é uma ótima forma de canalizar uma masculinidade natural em meninos.”, disse.
Foi ao mencionar masculinidade que o Gracie fez essa associação com o termo ‘masculinidade tóxica’. Um conceito que, segundo ele, não existe.
“Eu não acredito nesse negócio de masculinidade tóxica. Honestamente, eu nem sei como pronunciar direito porque eu não acredito nisso. Homens precisam ser homens. Meninos precisam ser meninos.”, concluiu.