
Ao longo de anos de dedicação intensa ao esporte, Nika Schwinden transformou vidas através do ensino do Jiu-Jitsu. Faixa-preta da Gracie Barra, ela conquistou uma representatividade notável dentro da comunidade do esporte. No universo do Jiu-Jitsu feminino, Nika é uma voz potente, com princípios e ética que fazem dela um exemplo a ser seguido.
Ter uma inspiração e caminhar firmemente em direção a um objetivo — que pode ser a faixa-preta de Jiu-Jitsu — é a realidade de muitas mulheres que Nika graduou ao longo do tempo. Na promoção de faixas deste ano, da Gracie Barra em Curitiba, Nika graduou sua décima aluna mulher à faixa-preta. Uma conquista que reflete uma via de mão dupla.
“Cada um com suas vitórias, essas com certeza são as minhas dentro do tatame. Brinco que são meus mundiais. Não fiz isso sozinha; algumas delas já chegaram com sua bagagem, outras estão comigo há mais de 10 anos, da faixa-branca à preta. Mais importante é que elas estão para o Jiu-Jitsu. A maioria já está devolvendo para o mundo o que o Jiu-Jitsu fez por elas, e isso é incrível para mim. Cada graduação relembra que, quando uma mulher se mantém no esporte, ela não apenas vence suas próprias limitações, mas também ajuda a quebrar barreiras para as próximas gerações, inspirando outras a começar e/ou persistir. É um legado de força, resiliência e empoderamento que vai além do tatame e se estende para a vida.”, comentou Nika em entrevista ao VF Comunica.

Além do aspecto técnico de professora de Jiu-Jitsu, Nika trabalha com identificação e empatia
A identificação é um fator que contribui significativamente para a continuidade de qualquer atividade. Reunir mais de uma centena de mulheres dentro da academia e fazer com que elas permaneçam não é uma tarefa fácil, mas Nika tem uma legião de alunas fidelizadas. De acordo com ela, ser mulher e ter empatia pela realidade de cada aluna é fundamental para o sucesso de hoje.
“Ser mulher traz um fator muito significativo, que é a representatividade. Com certeza isso faz a diferença. Já errei muito e ainda erro, mas estar com elas é uma das partes favoritas da minha vida. Acredito que essa verdade faz toda a diferença. Eu realmente me importo com elas e com o impacto que podemos causar no mundo, unidas. Sobre o método, a Gracie Barra faz isso com excelência há muitos anos; eu apenas trago para o tatame meu amor junto a isso”, disse.

Hoje, Nika é uma das professoras mulheres que mais formou outras mulheres no Jiu Jitsu. Ela é bem-sucedida ao transmitir um legado com transparência. As mulheres formadas por ela têm consciência de que o tatame é um lugar feito para todos, independentemente de gênero.
“É preciso ter respeito por cada indivíduo e por suas histórias. É crucial se abster de julgamentos e acolher quem está, de fato, buscando por isso. O Jiu-Jitsu me fez me reconhecer e valorizar quem eu sou de verdade. Autoconhecimento e confiança em si mesma, isso é poderoso demais. O Jiu-Jitsu fez isso por mim e faz isso por todo indivíduo que escolhe se manter nos tatames.”, afirmou a faixa-preta.