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O que Amit Elor, medalhista de ouro nas Olímpiadas de Paris, tem de especial?

Na final de luta livre, na divisão até 68 kg, norte-americana saiu vencedora e entrou para os registros históricos do esporte

Amit Elor é considerada um prodígio pelos feitos esportivos dos últimos anos.
Amit Elor é considerada um prodígio pelos feitos esportivos dos últimos anos. Foto: Arlette Bashizi / Reuters

Em tempos de Olimpíadas, é de costume que talentos fora de série, algumas vezes praticantes de esportes mais conhecidos entre nichos, desabrochem para o mundo. É o caso de Amit Elor, wrestler norte-americana que fez história ao ganhar a medalha de ouro ontem, dia 7, na final de wrestling da divisão até 68 kg nas Olimpíadas de Paris, na França. Na luta válida pelo ouro, Elor venceu Meerim Zhumanazarova, do Quirguistão, que ficou com a prata olímpica. Em apenas um dia de Olimpíadas, inúmeros ouros são distribuídos e ontem Amit conseguiu um para chamar de seu, mas por que esse triunfo da norte-americana é tão especial? 

Primeiramente, vale destacar que Amit é uma atleta muito jovem, tem apenas 20 anos de idade e já alcançou o seu auge na carreira competitiva. Um ouro olímpico, frequentemente, é mérito para poucos que dedicam uma vida ao esporte. Quando se tornou finalista nos jogos de Paris, Amit já tinha o bicampeonato do mundial de wrestling, com o primeiro desses títulos conquistado aos 18 anos de idade. Com a vitória sobre a atleta do Quirguistão, a estadunidense completa uma sequência de 41 resultados positivos, um resultado que a mantém invicta por cinco anos. 

Amit é a terceira competidora do time feminino de wrestling americano a conseguir uma medalha olímpica de ouro

Para a história do esporte em si, ao se tornar campeã olímpica em 2024, Amit também se consagra como a atleta mais jovem do wrestling norte-americano a conquistar um ouro nas Olimpíadas. Até hoje, desde 2004, ano de ingresso de mulheres no wrestling olímpico, a jovem é a terceira representante da América a conseguir tal feito. Helen Maroulis, em 2016, e Tamyra Mensah-Stock, em 2021, foram as campeãs antes dela. 

A título de curiosidade, é interessante pontuar que Amit Elor tem passagem pelo Jiu-Jitsu, atualmente faixa-roxa da modalidade graduada por Melqui Galvão. Na trajetória dentro do esporte, ela se aproximou de Mica Galvão, outro jovem fenômeno, mas do Jiu-Jitsu brasileiro, e hoje os dois são namorados. Em 2021, a atual campeã olímpica de luta livre performou Jiu-Jitsu em uma edição do BJJ Bet no Brasil e venceu Júlia Alves, Thalyta Silva e Larissa Martins, naquela época ainda nas faixas coloridas, mas hoje nomes consolidados na elite da faixa-preta.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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