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Piano Malachias ressalta crescimento dos alunos e projeta Pedro Marinho no ADCC: “Difícil alguém pará-lo”

Liderança forte da Gracie Barra nos Estados Unidos comenta ascensão do time e fase atual do pupilo Pedro Marinho

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Ulpiano
Faixa-preta usa como exemplo o sucesso de Pedro Marinho na motivação de outros alunos talentosos. Todos têm chances de brilhar. Foto: @pianojiujitsu

Por meio de trabalho sério e comprometimento, Ulpiano Malachias, umas das principais lideranças da Gracie Barra nos Estados Unidos, alavanca a carreira dos seus atletas e inspira pelo exemplo. Pedro Marinho, astro forjado na escola de Malachias, é a prova viva de que a metodologia do professor, aliada ao trabalho duro por parte do pupilo, tem entrada eficiente nos principais torneios de Jiu-Jitsu e grappling disputados ao redor do mundo.

Atual campeão da seletiva do ADCC disputada no Brasil, em São Paulo, Pedro Marinho começou a temporada de 2024 com compromissos relevantes. No primeiro deles, no UFC Fight Pass Invitational 6, Pedro passou por um revés. O lutador da GB até conseguiu impor um bom ritmo no início da luta contra Mason Fowler; contudo, uma recuperação do adversário culminou em um bote certeiro no katagatame. No ADCC, por outro lado, o faixa-preta conduziu uma performance imparável, levando a melhor sobre Gabriel Almeida em uma final de arrancar o fôlego do público. Na comparação entre as duas recentes atuações, o professor Ulpiano Malachias diz que o fator determinante foi a divisão de peso.

“O Pedro, lutando nessa divisão de 88 kg, eu acho difícil alguém conseguir parar ele. Muitas pessoas julgam, dizendo que o Pedro morre sempre no gás, que ele se cansa rápido, mas é só olhar as lutas dele, ele está sempre lutando fora do peso. O Mason Fowler, por exemplo, luta de 225 libras. Então, fazendo uma luta explosiva como o Pedro faz, buscando a finalização o tempo todo, quando você fica por baixo, realmente, o cansaço vai bater. Eu sabia que ele iria ganhar no Brasil, porque nessa divisão de 88 kg dificilmente alguém ganha dele. Quem vai bater de frente com ele no ADCC será o Tye Ruotolo. Mas o Giancarlo Bodoni, esses outros caras, é difícil alguém dessa divisão ganhar do Pedro se ele lutar de forma inteligente.”, afirma, mapeando de forma precisa as particularidades do seu atleta.

Talentos formados por Piano são instruídos ao profissionalismo

Com um time cada vez mais fortalecido, Ulpiano cita nomes como Henrique Camargo, Matheus ‘Mascote’, Dylan Melton e Josh ‘Cakes’ como alguns dos pratas da casa. Segundo ele, é importante que todos os atletas sob a sua orientação tenham consciência de que o potencial de cada um deles pode ser forte.

“Em quase todos os ADCC Opens que tivemos aqui, nos Estados Unidos, na categoria profissional do absoluto, meus alunos foram pódio. Eles não são pesados, mas estão sempre ganhando. Se eles quiserem subir de nível, precisam se profissionalizar, aquele cara que está pronto para lutar em qualquer hora, contra qualquer um, sem escolhas de adversário. Eu trabalho em conjunto com o Viktor Doria. Então, para os caras mais talentosos, eu sugiro que deixem o Viktor auxiliar no gerenciamento de carreira enquanto ajudo na outra parte, no planejamento.”, conta.

De acordo com Ulpiano, para se destacar no No Gi, base forte no pano é fundamental

Piano também compartilha de uma opinião que vem se tornando comum entre a comunidade, de que os melhores atletas de No Gi possuem como potência uma base sólida no Jiu-Jitsu com kimono. De acordo com o treinador, essa mentalidade faz parte da estratégia de desenvolvimento técnico dos alunos. Uma das metas, no planejamento competitivo, é botá-los em rota de colisão com os representantes da New Wave, de John Danaher.

“Nós tentamos com que os atletas lutem o máximo que puderem em eventos que valem a pena. Nós focamos bastante na IBJJF, nos Opens do ADCC e em lutas casadas que façam sentido, que vai dar visibilidade ao atleta e proporcionar crescimento. Os caras que estão se saindo melhor são aqueles que eram do kimono e focaram no sem kimono, assim eles se tornam imbatíveis. Dificilmente, é claro, existem exceções, como um cara que vem puramente do No Gi, como o Gordon Ryan, que conseguiu se manter no topo por muito tempo. O próprio Nicholas Meregali, o Giancarlo Bodoni, entre outros, eles treinaram muito de kimono, o Luke Griffith também. Meu foco é colocar os meus alunos para lutarem com os caras da New Wave”, conclui, com a mira apontada no alvo valioso.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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