Obstinação é o adjetivo que melhor acompanha Raphael Pesce, aluno faixa-amarela de Bruno Frazatto, um dos membros do time mirim de campeões da Atos Atlanta, nos Estados Unidos. Hoje aos 13 anos de idade, Raphael descobriu o Jiu-Jitsu recentemente, há apenas um ano e meio, mas o esporte já ocupou grande parte da rotina dele.
No currículo de competidor, Pesce já possui títulos expressivos na modalidade. Foi campeão do Europeu, Con Kids, American Nationals e já faturou 11 medalhas de ouro em Opens, um desempenho irretocável em todas essas competições da IBJJF. Para treinar com Bruno Frazatto, Raphael, que mora na Carolina do Sul, conta com o apoio da família para frequentar os treinos. São três horas de distância, ida e volta, de cinco a seis vezes por semana.
“É um privilégio treinar com o professor Bruno Frazatto, na Atos Atlanta. Ele é um competidor de nível mundial e hoje em dia é um dos melhores treinadores do planeta. O maior desafio é ir até a Atos, que não é perto da nossa casa, na Carolina do Sul. Minha mãe dirige por cerca de três horas para me levar, junto com meu irmão e irmã, até a academia.”, contou o faixa-amarela.
Raphael é um exemplo de disciplina que mantém rotina intensa de treinos para melhorar sempre
A aptidão para a competição foi algo que Raphael descobriu cedo, logo após ingressar no Jiu-Jitsu. Segundo ele, uma característica que o motiva a ir mais longe é o espírito competitivo, já que o atleta se descreve como alguém que detesta a sensação da derrota. Para evitar isso o máximo possível, lidar com um revés, Raphael mantém a rotina de treinos com disciplina.
“Eu simplesmente odeio perder e não desisto. Eu sei que não treino há tanto tempo em comparação com os meus adversários, mas sempre que posso estou no tatame. Minhas vitórias são mérito da minha equipe. A Atos me ajudou e está me ajudando a melhorar. Eu faço o meu melhor para representá-los sempre que estou competindo, não quero decepcioná-los.”, comentou.
Os treinos na Atos acontecem de 5 a 6 vezes na semana, filial que fica a três horas de distância da casa do atleta
Ao ser questionado sobre os principais desafios de se manter ativo como competidor, Raphael Pesce respondeu à equipe do VF Comunica que o estudo online, flexível, é uma das obrigações que ele consegue manter sem problemas. O maior desafio mesmo é a distância da academia, um obstáculo que ele vem transpondo sem desânimo, com o apoio da família e dos colegas da equipe.
“Eu treino de cinco a seis noites por semana na Atos e, na parte da manhã, faço preparação com musculação e calistenia (exercícios que usam o peso do próprio corpo). Eu amo as vitórias, mas não esqueço as derrotas. Eu acho que, quando você não ganha o ouro, acaba se apegando a esse sentimento, às vezes por tempo demais, mas parece que isso ajuda a focar mais e treinar forte.”, concluiu o campeão.