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Kyra Gracie, figura de liderança do Jiu-Jitsu feminino, se pronuncia sobre abusos no esporte

A faixa-preta se posicionou depois da prisão e banimento de Alcenor Alves

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Kyra Gracie teve grande representatividade na propagação da imagem da mulher como atleta de Jiu-Jitsu.
Kyra Gracie teve grande representatividade na propagação da imagem da mulher como atleta de Jiu-Jitsu. Foto: Divulgação

Kyra Gracie, faixa-preta de Jiu-Jitsu e uma das figuras femininas mais empoderadas da comunidade, se posicionou sobre o caso do treinador Alcenor Alves, acusado pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual de menores. Os detalhes que envolvem os episódios de abuso cometidos por Alcenor chocaram pela quantidade de vítimas, incluindo atuais campeões mundiais, e pelo período no qual os crimes foram executados. De acordo com entrevistas à imprensa e a investigação policial, Alcenor praticou abusos contra menores por pelo menos 15 anos.  

A declaração de Kyra levou a discussão a lugares até então não alcançados e foi seguida da determinação da IBJJF / CBJJ que decidiu banir Alcenor, de forma permanente, de todas as atividades futuras da confederação. 

Kyra Gracie destacou a importância de avaliar todos os casos de abuso com igual rigor

A faixa-preta, bem ativa na propagação da importância do aprendizado de defesa pessoal, com foco no combate da violência contra a mulher, falou de situações que também envolvem abusos e crimes, mas que de alguma forma acabam passando despercebidas.

“Levando a discussão mais longe, é crucial abordar o banimento de indivíduos com antecedentes criminais comprovados, especialmente em casos graves que, infelizmente, têm sido ignorados pela CBJJ. São inúmeros os relatos de abusos contra mulheres e agressões que não levaram a ações efetivas, permitindo que esses indivíduos continuassem competindo e até dando aulas.”, disse Kyra, que usou as redes sociais para se posicionar.

Ao prosseguir com o seu questionamento, Kyra sugeriu que os critérios de banimentos devem ser mais amplos e reforçou a necessidade de julgar sem ter como parâmetro ‘dois pesos e duas medidas’. 

“Quais são, então, os critérios para a proibição? É a gravidade do caso ou o sexo das vítimas? É fundamental que todas as denúncias sejam tratadas com a seriedade que merecem para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos.”, reforçou Kyra Gracie. 

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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