Felipe Machado é um nome que gera divisões no mundo do Jiu-Jitsu. Conhecido por seu bom jogo de perna e de guarda, o atleta tem sido alvo de haters, mas também é admirado por muitos dentro da comunidade. Sua trajetória no esporte é marcada por títulos de expressão como, por exemplo, o Brasileiro e Sul-Americano No Gi da IBJJF na faixa-preta aliado a sua promoção pessoal nas redes sociais.
Após menos de dois anos como faixa-preta, Felipe, mais conhecido como Lipe, vai alcançando maiores oportunidades para sua carreira, o que reflete diretamente no trabalho que ele está produzindo. O atleta da Pirâmide Grappling vai fazer sua estreia no UFC Fight Pass Invitational 9, a maior plataforma de lutas, no próximo dia 5 de dezembro, em Las Vegas, Nevada.
O carioca vai medir forças contra o americano Mikey Musumeci, primeiro atleta com contrato exclusivo para lutar grappling no UFC, na luta principal do UFC FPI 9. Em papo exclusivo com VF Comunica, ele fala sobre seu retorno ao Jiu-Jitsu profissional, como construiu sua imagem, oportunidades com o grappling e, principalmente, como lida com a internet e seu lado “obscuro”, além de dizer que pretende finalizaro o gente boa Mikey.
Abaixo, leia alguns dos principais pontos da conversa com o brasileiro que pretende impressionar Dana White nesta quinta-feira.
A ascensão no Jiu-Jitsu
O inimigo Número Um: Seus Haters
Como muitas figuras do esporte, Felipe Machado tem uma legião de “haters” (críticos ferozes), que não poupam críticas. O próprio Machado já declarou que prefere ser odiado a ser ignorado, uma postura que reflete sua visão de que a atenção, seja positiva ou negativa, é um reflexo de sua relevância no esporte. Seu comportamento nas redes sociais, buscando sempre responder a todos, alimenta ainda mais essa polarização.
“Foi gradativo, não foi uma chuva de haters do nada. E eu sempre respondia, o meu pensamento é o seguinte: se você tem haters, você está no caminho certo. Os maiores lutadores no jiu-jitsu são rejeitados. A quantidade de aprovação costuma ser igual ao de rejeição, então isso é um bom sinal.”
O jogo da atenção e seus perigos
O lutador reconhece a importância do marketing e divulgação em sua carreira. Para ele, ter uma forte presença nas redes sociais e uma estratégia de comunicação eficaz é fundamental para alcançar novos fãs, promover seu trabalho e atrair patrocinadores. Machado investe em conteúdo de qualidade, compartilhando treinos, dicas técnicas e momentos de sua vida pessoal, construindo uma conexão forte com seu público e consolidando sua marca pessoal no mundo do jiu-jitsu.
“Acho que o marketing e a auto divulgação é ainda mais importante que a própria luta em si. O quimono muitas vezes atrapalha justamente na hora de chamar atenção, porque o nogi, ele abre uma oportunidade maior para o jiu-jitsu. Independente quem ganha e quem perde, o importante é chamar atenção e ter muita gente para assistir. Mais do que ganhar, quero mostrar uma luta que entretenha.”, diz Machado.
Rivalidade e Luta contra Mikey Musumeci
A próxima luta dele é justamente contra Mickey Musumeci, no próximo dia cinco de dezembro. Felipe não está vindo de um bom histórico, já que perdeu em agosto para o Baby Shark por 2-0 na luta co-principal do BJJ Stars 13. Mas conta com otimismo que tem esperança de ganhar a luta.
“O Mickey é uma pessoa que se ofende com muita facilidade. Então eu prefiro tomar cuidado com o que eu vou falar, observando o estilo de luta dele, o que é excepcional é o jogo de guarda. E por mais que as pessoas não vejam todo o meu jiu-jitsu, eu tenho um bom jogo de perna e quero mostrar tudo o que eu tenho. Qualquer finalização que eu conseguia pegar contra ele, acredito que eu vença, isso porque, pelo que notei, ele raramente se defende, priorizando o ataque.”, reflete Felipe.
