
O campeonato Europeu da IBJJF é uma competição aguardada com grande expectativa por conta de sua representatividade. Tradicionalmente, é o torneio que abre o calendário do Grand Slam da IBJJF, seguido do Pan-Americano, Brasileiro e, por fim, o Mundial. A LEAD BJJ, equipe capitaneada pelo faixa-preta Bruno Bastos, é um dos times que vão desembarcar no Pavilhão em Lisboa para dar início à temporada competitiva.
Em conversa com o VF Comunica às vésperas das disputas em Portugal que começam amanhã, dia 17, Bruno Bastos compartilhou os planos de desenvolvimento da LEAD em território europeu. Marcar presença na primeira grande competição da IBJJF é uma excelente forma de manter a solidez do planejamento.
“Ainda estamos trabalhando pelo nosso crescimento na Europa. Temos filiais na Bulgária e na Finlândia. Trabalhos que começaram em escolas que não tinham faixas-pretas na época. Estamos indo com 21 competidores, muitos deles com sucesso em nível local na Bulgária, mas estreando em eventos grandes. Temos também alguns competidores com chances reais de ganhar. Seguimos trabalhando.”, opinou.
A IBJJF acabou de anunciar que o Europeu de 2025 bateu recorde de atletas inscritos. Com mais de seis mil competidores na listagem e inscrições encerradas antes do prazo previsto. Isso só reforça a grandeza da competição de kimono e, por consequência, da IBJJF. Uma constatação que vai de encontro com alegações de que a federação estaria perdendo espaço para eventos que remuneram os atletas além das medalhas como recompensa.
Bruno Bastos estimula participação de seus atletas em competições da IBJJF
Para Bruno Bastos, a participação em competições da IBJJF, com resultados expressivos, ainda é uma valiosa vitrine de visibilidade no alto rendimento do esporte.
“A IBJJF é a maior organização do Jiu-Jitsu. Uma empresa muito bem-sucedida. É uma excelente plataforma para criar oportunidades de lutas profissionais na própria IBJJF e em outros eventos. Para mim, é imprescindível.”, afirmou.
Entre os atletas de Bruno Bastos que se destacam, o nome mais proferido entre o público foi o de Cássia Moura, que demonstrou um desempenho fora do comum em seu ano de estreia na faixa-preta. Agora, depois que sua rápida ascensão à faixa-preta foi debatida até a exaustão, com confirmação do merecimento da atleta, chegou o momento de acompanhar a progressão dela na elite do Jiu-Jitsu.
“Fizemos um camp curto, porém muito proveitoso. Entendo que exista uma expectativa grande pela performance dela em uma chave bem dura com grandes atletas. Não temos controle sobre o resultado e tudo pode acontecer com tantas atletas com chance de título, mas ela está pronta para ser campeã.”, projetou Bruno.

O próprio professor está entre os milhares de atletas que vão vestir o kimono para entrar em ação no Europeu. De acordo com ele, essa é uma oportunidade de aparecer mais, se mostrar de uma forma diferente.
“Vou competir no master 3, pesadíssimo. Categoria dura, mas fiz um bom camp e estou bem confiante. Essa é uma oportunidade de competir junto dos meus alunos europeus, além de buscar mais visibilidade em um mercado diferente.”, disse.
No papel de treinador e empresário de atletas, Bruno Bastos analisou o grupo de faixas-pretas inscritos no adulto e afirmou que o nível está apurado, com potencial de comparação com o Mundial na Califórnia. Além de ter tido sucesso na adesão de atletas, o Europeu também está dando indícios de que vai ser bem comentado na comunidade pela capacidade técnica de seus prováveis campeões.
“A divisão faixa-preta adulto está com um nível altíssimo tanto no masculino quanto no feminino. Acredito que teremos várias prévias do que pode estar acontecendo no restante da temporada de kimono. Algumas chaves estão com nível de Mundial.”, confirmou.