No evento principal do ADCC deste ano, que vai acontecer nos dias 17 e 18 de agosto em Las Vegas, nos Estados Unidos, as categorias femininas serão divididas em três limites de peso: -55 kg, -65 kg e +65 kg. Com a chegada do Craig Jones Invitational, evento de grappling que conflita diretamente com o ADCC, alguns nomes de grande relevância optaram pelo concorrente. Foi o caso de Ffion Davies, campeã da última edição lutando na divisão até 60 kg. Amy Campo, norte-americana, campeã da categoria acima, +60 kg, está confirmada no ADCC, mas desta vez na última categoria de peso feminina, a +65 kg.
A divisão até 65 kg conta com quatro atletas classificadas e quatro convidadas. Aurélie Le Vern, Ana Carolina Vieira, Helena Crevar e Sula-Mae Loewenthal são as atletas que conseguiram vaga por meio do título conquistado em seletivas. Brianna Ste-Marie, Bia Mesquita, Amanda Leve e Morgan Black compõem o quadro de atletas da divisão.
Aurélie Le Vern, atleta francesa faixa-preta de Jiu-Jitsu e de Luta Livre, é um dos destaques da divisão. Nesta temporada, ela venceu o Europeu da IBJJF, em casa, lutando em Paris no torneio que faz parte do Grand Slam da federação internacional. Na seletiva europeia do ADCC, Aurélie demonstrou performance impecável e agressiva, chegando ao topo do pódio depois de aplicar três finalizações e vencer mais duas lutas por pontos, sem brechas para ceder qualquer posição valendo pontuação para as suas adversárias. No UFC Fight Pass Invitational 7, ela lutou com Helena Crevar, em uma disputa acirradíssima, e os juízes decidiram por erguer o braço da adversária. O ADCC pode ser sua oportunidade de revanche.
Prodígio da New Wave de John Danaher, o mesmo time de atletas do calibre de Nicholas Meregali e Gordon Ryan, Helena Crevar tem apenas 17 anos de idade, uma humilde faixa-azul atada na cintura e importantes títulos conquistados no grappling. Em 2024, Crevar venceu uma seletiva americana do ADCC, em West Coast, e ficou com o ouro depois de cinco guerras, quatro delas vencidas por finalização. No Who’s Number One e no UFC Fight Pass Invitational a jovem já possui 4 aparições no total, saindo com a vitória em todas elas.
Com um título de campeã mundial do ADCC na bagagem, Bia Mesquita foi a soberana da divisão até 60 kg na edição de 2017, a faixa-preta de Jiu-Jitsu tem pela frente a missão de conquistar mais um título expressivo no grappling, enquanto migra para o MMA. No Spaten Fight Night, estreia de Bia na modalidade, ela venceu a pugilista Jojo Ramos por finalização, mata-leão, ainda no primeiro round da luta que fez parte do evento do dia 16 de junho, em São Paulo. No Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, disputado de kimono, Bia Mesquita conseguiu o número impressionante de oito títulos no total, estabelecendo-se na cena como uma das atletas mais relevantes da história do esporte.
Irmã de Rodolfo Vieira, Ana Carolina Vieira é uma faixa-preta que também soube pavimentar um caminho brilhante no Jiu-Jitsu. De 2017 a 2022, Ana Carolina “Baby” dominou as divisões médio e meio-pesado do Mundial na Califórnia, conseguindo cinco títulos consecutivos. Em 2018, ela venceu também o Mundial No Gi. Na seletiva de São Paulo, no Brasil, na temporada vigente, ela apresentou uma taxa de finalização em 100%. Foram quatro lutas para obter a medalha de ouro.
Sula-Mae Loewenthal, mais uma das classificadas por seletivas, foi campeã na etapa asiática da organização, garantindo a vaga para o Mundial do ADCC em Vegas. Faixa-marrom de Jiu-Jitsu, ela tem como credenciais os ouros faturados no Mundial No Gi e no Europeu também sem pano, ambos da IBJJF.