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Campeonato Brasileiro 2025 e a “invasão gringa”

Roberto Jimeniz, Adam e Nolan Patrick querem o topo no Brasileiro da IBJJF, em São Paulo

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Adam Warzinski exibe orgulhoso a medalha de campeão mundial, a primeira que ele conquista nessa competição da IBJJF. Foto: @borojitsu
Adam Warzinski exibe orgulhoso a medalha de campeão mundial, a primeira que ele conquista nessa competição da IBJJF. Foto: @borojitsu

Com mais de 7.000 atletas inscritos e uma crescente presença de competidores estrangeiros, o Campeonato Brasileiro da CBJJ 2025 reafirma seu papel como o espelho mais fiel do momento atual do jiu-jitsu competitivo. Ano após ano, o evento se consolida como uma vitrine global da arte suave — e nesta edição, o cenário já se mostra marcado pelo alto nível técnico e pela presença massiva de nomes internacionais de peso.

Entre os principais destaques, os pupilos da AOJ, Tainan Dalpra e Diego “Pato”, dominam suas chaves com atuações que chamam a atenção. Atletas de fora como Adam Wardzinski, Nolan Patrick e Roberto Jimenez também chegam com força total, reforçando a ascensão estrangeira nos grandes palcos do circuito e elevando ainda mais a expectativa em torno das disputas.

As chaves da faixa-preta adulto trazem duelos de altíssimo nível. No peso-pena, por exemplo, a disputa promete: a chave conta com os campeões mundiais Meyram Maquiné e Isaac Doederlein, além de nomes fortes na corrida pelo título brasileiro como os irmãos Sodré e o jovem fenômeno Cole Abate, mais uma joia lapidada pela AOJ.

Mas é no peso-pesado que a atenção se intensifica. A categoria vem sendo considerada uma das mais “quentes” do campeonato, com nomes consagrados como Gustavo “Braguinha” Batista e Rider Zuchi, além da poderosa onda estrangeira formada por Wardzinski, Jimenez e Nolan Patrick — todos ocupando os lugares mais altos do pódio no último Pan-Americano. A chave promete encontros intensos e disputas diretas por afirmação no cenário mundial.

O crescente número de atletas estrangeiros inscritos no Brasileiro acende uma reflexão necessária: a hegemonia brasileira no jiu-jitsu está sendo constantemente desafiada. O campeonato, que por muito tempo foi quase uma disputa “caseira”, hoje atrai nomes de elite mundial em busca de reconhecimento dentro do território onde tudo começou. Essa troca eleva o nível técnico, exige dos brasileiros um preparo ainda mais refinado e transforma cada categoria em uma verdadeira guerra de estilos. O jiu-jitsu não é mais só nosso — e talvez essa seja justamente a faísca que faltava para acender uma nova era de excelência.

Com chaves densas, lutas altamente aguardadas e um cenário que mistura tradição e renovação, o Campeonato Brasileiro CBJJ 2025 se desenha como uma das edições mais emblemáticas dos últimos anos. Muito mais que um torneio nacional, o Brasileiro é hoje um palco global. E quem vencer aqui, agora, não conquista apenas um título — conquista espaço na história viva do jiu-jitsu competitivo.

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Escrito por Joao Rocha

João Rocha é faixa-roxa de Jiu-Jitsu, comunicador nato e apaixonado por contar histórias que nascem no tatame. Assíduo competidor, vive o esporte de dentro pra fora — o que garante autenticidade em cada conteúdo que assina.

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