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Mikey Musumeci vence, Gracie e Ronaldo Jr finalizam no UFC Fight Pass Invitational 9

Mikey vence em estreia, mas sai frustrado, enquanto brasileiros brilham com finalizações

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Mikey Musumeci é um exímino finalizador.
Mikey venceu, mas não finalizou em estreia no UFC Invitational 9. Foto: VF Comunica

Cinco brasileiros brilharam na noite do dia 05/12 no tatame do UFC Fight Pass Invitational 9. O destaque foi para Jonnatas Gracie, com um belíssimo estrangulamento no flexível Kyle Chambers, que não resistia mais e desistiu. Luccas Lira foi tão assustador, que fez o  Michael Pixley  lutar com medo e perder por falta de combatividade. Outro que não deixou barato foi Ronaldo Junior, que com um triângulo de mão no Nick Mataya, fez a vitória ser verde e amarela. Isso sem falar no Renato Canuto, que ganhou por decisão, mas deu um show contra o faixa-branca em Jiu-Jitsu e supercampeão de wresling, Jason Nolf.  A vitória da Lavinia em cima Shelby Murphey também contou com a resposta dos juízes.

A luta mais aguardada da noite foi também uma das mais frenéticas. Com uma troca intensa Mikey Musumeci e Felipe Machado tentaram encaixar chaves de calcanhar, respectivamente. Poupando fôlego, Machado se manteve cauteloso em boa parte da primeira parcial. Já na sequência, Mikey mostrou ao que veio com uma raspagem surpreendente, quase encaixando um triângulo. Ao levantar, Felipe foi mochilado, ao passo que ele tentou reverter a situação, mas não conseguiu, perdendo por 2-0. Mikey comentou sobre a vitória.

“Não estou satisfeito com a luta, não terminou do jeito que eu queria. Agora só quero descansar. Finalizo me desculpando com os fãs.” – concluiu Mikey, após poucas palavras.

Já no co-main event, Jason Nolf não foi páreo para Renato Canuto. O americano, expediente em wrestling e faixa branca no jiu-jitsu, não acompanhou o ritmo do brasileiro no chão. Nolf ficou empurrando o oponente para trás, o que fez com que a luta fosse parada para procurar a lente de contato de Renato, que caiu no chão. Ao retomar, parecia que Canuto estava com um novo “olhar” para a luta, com um ippon seoi nage ele levou o desafiante pro chão, mas não durou muito, porque Jason rapidamente voltou à luta para o alto.

Com uma baiana, o americano derrubou rápido, mas foi aí que Renato viu a oportunidade de segurar na guarda, subir para um triângulo voador, ao passo que Nolf saiu andando, tentando sair do tatame com o outro lutador pendurado em seu pescoço. Faltando 20 segundos para o fim da luta, o brasileiro encaixou uma chave de calcanhar, mas não foi eficaz. O over time não durou muito, isso porque Canuto já levou para o chão, escalou na guarda K. Mas o oponente saiu levantando, e com bate estaca, deu uma canseira no paulista. Nos segundos finais, o faixa branca tentou mochilar, mas só foi jogado pelo brasileiro experiente. Com três pontos negativos, Jason foi massacrado por Renato, mas a decisão ficou para os juízes e o Brasil ganhou mais um embate.

Jonnatas Gracie já começou desviando de consecutivas tentativas de guarda-aranha por parte do Kyle Chambers. O brasileiro catou uma gravada quase perfeita, ainda assim o oponente conseguiu se desvencilhar. E com um contorcionismo impressionante, Gracie saiu de uma chave de perna, mochilou e estrangulou por duas vezes. Mas o adversário parecia feito de borracha, saindo de três mata-leão seguidos, incluindo uma americana. A segunda parcial começou com Jonnatas levando dois pontos de vantagem, com raspagens tranquilas, ele foi galgando no placar até finalmente soltar um estrangulamento invertido em Kyle, que não resistia mais e desistiu. O brasileiro comentou sobre como tentou uma estratégia diferente nessa disputa.

“Nessa luta eu tentei mudar um pouco meu estilo e melhorar minha performance. Para subir no ranking, sei que preciso mostrar minhas habilidades.” – disse Jonnatas.

Ronaldo Junior demonstrou uma performance surpreendente contra Nick Mataya. Os dois prolongaram a luta apostando bastante na pegada no pescoço. Mas isso fez com que o brasileiro soltasse um quase tapa contra o adversário, que desviou da pegada. Voraz, Ronaldo manteve o oponente na guarda o quase todo o tempo todo em que estiveram no solo. Apostando no wrestling, Junior cansou de esperar e estrangulou Mataya em pé mesmo e por pouco não finalizou. Na segunda tentativa de estrangulamento, o brasileiro quase levou a luta, mas o tempo da parcial acabou. Já na segunda parte, Nick apostou em um uchimata e levou o adversário pro chão, encaixando em uma chave de perna, que não foi eficaz. E Ronaldo não deixou barato, com um triângulo de mão, a vitória foi verde e amarela. Ele ainda agradeceu e reconheceu a dificuldade da disputa.

“Sou muito agradecido por mostrar meu jiu-jitsu nesse palco do UFC. Foi um adversário muito duro e uma excelente luta.” – concluiu Ronaldo.

O embate entre Luccas Lira e Michael Pixley começou frenético e foi esfriando. Luccas apostou em esperar no chão para encaixar a guarda, enquanto o americano tentava encontrar uma brecha por cima para ganhar dominância da luta. Faltando um minuto para o fim da primeira parte, Luccas arriscou cansou de esperar e foi para cima com uma baiana, o que não foi eficaz. Apreensivo, Pixley tentou seguir com calma, mas isso o fez perder 3 pontos por falta de combatividade. Com medo de que isso o fizesse perder, o americano foi para cima na segunda parte da luta, desesperado em busca de ponto. Mas por lutar com mais intensidade, a vantagem foi para o adversário. O que somou mais uma vitória para o Brasil e para o Luccas Lira.

Damien Anderson bateu de frente com Sandrey Silva. Apostando no dinamismo, ambos tentaram raspar, mas nessa primeira parte não valeu nenhum ponto. O brasileiro conseguiu o feito de derrubar o americano, mas não conseguiu evoluir. Anderson, por sua vez, insistentemente focou na chave de calcanhar, sem êxito. Durante o tempo extra, Damian buscou um vacilo de Silva, mochilou e estrangulou com um mata-leão, trazendo a vitória para ele e para os Estados Unidos.

Maggie Lira e Giovanna Carneiro protagonizaram mais uma vitória norte-americana. A recém promovida a faixa preta, Carneiro, buscou a pegada, com uma boa movimentação no tatame. A brasileira voou com tudo já catando a guarda. Deu certo, mas a luta voltou para o alto. Com gana, Maggie enganchou a adversária, mas na hora de derrubar, as duas saíram do tatame. Com um bote letal na chave de perna, a brasileira quase conseguiu finalizar, mas com uma reversão impressionante, a veterana contra atacou com uma chave de calcanhar fazendo a brasileira desistir e ganhando a luta. Lira alegremente deixou um recado para o público: “Nunca desista dos seus sonhos, porque uma hora vai acontecer.”

A disputa entre Michele Oliveira e Raquel Canuto começou rápido. Com um bote de Canuto, um estrangulamento bem encaixado quase fez com que a luta terminasse em menos de um minuto. Mas Michele, não se rendeu e se desvencilhou. A representante do Brasil não ficou prostrada por muito tempo, derrubou a oponente com uma baiana, mas não evoluiu muito na sequência. Na segunda parte da luta, com só trinta segundos corridos, Raquel venceu Michele com uma finalização muito rápida e bem encaixada. Os gritos de apoio ecoaram da plateia, e a americana contou o motivo: “Eu nunca tive toda a minha família assistindo. Até minha avó está aqui, então estou muito feliz e emocionada”.

Lavinia Barbosa começou bem a luta contra Shelby Murphey, que tentou jogar por cima. As duas buscando chave de perna. Com uma boa troca de posições, a brasileira conseguiu a dominância, apesar da insistência da norte-americana em encaixar uma chave de calcanhar. Shelby, visivelmente cansada, deu brecha para Lavínia que quase subiu para uma americana e seguiu para um triângulo, porém ambos não encaixam e seguiram para o tempo extra. Na segunda parte da luta, a demora foi grande até alguém conseguir pontuar. Em um momento de hesitação de Lavínia, Shelby mochilou, mas não teve êxito na finalização. A luta terminou sem nenhuma pontuação. A vitória da Lavinia, foi por decisão dos juízes.

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