Na temporada passada, Aurelie Le Vern estava firme na meta de se consolidar no Jiu-Jitsu sem kimono, mas o campeonato que serviu como ponto de partida foi o Europeu da IBJJF em janeiro, disputado com pano. Lutando na faixa-preta adulto, no meio-pesado, Aurelie foi campeã da divisão, uma excelente forma de começar um ano que atraiu mais títulos.
A faixa-preta francesa está mais uma vez entre as atletas inscritas no meio-pesado para o Europeu deste ano, evento que retorna ao seu palco original em Lisboa, Portugal, depois de passagens pela França. Quem se deparar com Aurelie na chave deve ter em mente que o Jiu-Jitsu dela não espera as oportunidades. Ela mesma cria as brechas que precisa, sempre em busca da vitória por via rápida.
“Não vai ter surpresas. O básico bem feito funciona e eu sou da Six Blades. Meu Jiu-Jitsu é clássico, com muita pressão e busca da finalização. Entrando para matar ou morrer, acho que isso nunca vai mudar. Estou me sentindo determinada para minha quinta participação. Sempre voltei com uma medalha de ouro. Estou buscando ela mais uma vez e vou dar meu melhor para isso. Se eu tivesse na divisão, teria medo de me enfrentar. Estou mais pesada e mais forte do que nunca.”, disse Aurelie, confiante.
Aurelie Le Vern transborda confiança para defender título, mas sem subestimar as oponentes
Campeã da categoria no ano passado, Aurelie Le Vern tem credenciais de favorita e a atleta fala sobre isso sem falsa modéstia. Ela reconhece que sempre há dificuldades, mas se sente mais do que pronta e aprimorada para qualquer que seja o tamanho do desafio.
“Sou a favorita porque simplesmente levei a categoria ano passado. Já venci também em brigas contra adversárias muito duras. Não acredito em magia. A categoria está bem pesada esse ano, mas não tenho medo. Vou fazer o que tem que ser feito. A ‘Loirinha’ vai entrar com sangue nos olhos.”, afirmou.
Temporada passada é descrita pela atleta como ‘ano inacreditável’
Além do Europeu, 2024 foi uma temporada dourada para Aurelie na seletiva europeia do ADCC; double gold no Europeu No Gi, na Itália; e troféu na superluta que ela fez no Brasil no ADXC Rio, evento no qual enfrentou e venceu Ana Carolina Vieira, que havia chegado embalada pelo título mundial obtido no ADCC.
“Foi um ano inacreditável. Às vezes eu esqueço de tudo que fiz. Depois, eu paro para pensar e falo comigo mesma: ‘caraca, tu conseguiu fazer isso.’. Então, é só continuar a fazer boas escolhas.”, refletiu.
A melhor versão é sempre a do presente e a faixa-preta da Six Blades Jiu-Jitsu é uma atleta exemplar, que não se deixa levar por distrações e não procrastina. A mentalidade dela é trabalhar incessantemente para sempre ter algo novo para mostrar e surpreender.
“Eu sou a minha melhor versão. Os benefícios do camp do ADCC moldaram meu nível físico, técnico e mental. Também estou buscando sempre o melhor de mim a cada treino, a cada hora da minha vida estou dando o meu melhor. Não quero pensar: ‘poxa, eu deveria ter feito isso ou aquilo.’. Eu agarro cada oportunidade de crescer, levando comigo meus amigos e minha família, que estão sempre me seguindo.”, destacou a campeã.
