Vencer Ana Carolina Vieira, em sua estreia no ADXC no Rio de Janeiro, foi uma conquista que elevou Aurelie Le Vern a um patamar mais alto, ainda que ela já estivesse em um nível bem privilegiado com títulos importantes na temporada. Aurelie ganhou uma seletiva para o evento principal do ADCC, garantiu vaga em Vegas mas não conseguiu medalhar. Com a vitória por decisão unânime no ADXC contra a atual campeã do ADCC, na sua categoria, Aurelie sentiu como se o gosto da vitória fosse ainda mais doce.
De acordo com ela, em entrevista ao VF Comunica logo depois do evento, ter estudado Ana Vieira, uma multicampeã que está entre as mais prestigiadas na história do esporte, fez grande diferença na montagem da estratégia.
“Acreditamos muito que a gente iria se enfrentar na primeira luta do ADCC. Então estudamos muito ela. O formato de regras de tempo do ADXC é muito explosivo. Então me preparei muito fisicamente com o professor Itallo Vilardo para ficar bem à vontade no aspecto gás. Foi muito importante isso, porque eu sabia que a maior parte da luta seria contra o cage e isso desgasta muito fisicamente. Na parte técnica, os treinos específicos que Tyrone (Gonsalves) montou para mim fizeram muita diferença. Eu sabia que ela não iria conseguir aguentar meu ritmo, tanto é que ela cansou nitidamente no terceiro round.”, avaliou.
Aurelie Le Vern teve experiência 100% positiva em sua estreia no ADXC
Em sua primeira vez lutando no ADXC, a primeira impressão que Aurelie teve foi realmente a que ela vai carregar para a vida. Ela se impressionou com a estrutura e com a forma com a qual a organização recebe e trata os atletas.
“Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus senseis Tyrone e Xande (Ribeiro) que estavam ali perto para me dar as orientações certas. Eu estou vivendo um sonho. O ADXC tem uma estrutura e um projeto que estão revolucionando o nosso esporte. Eles realmente estão preocupados com os atletas. Foi muito bom o tratamento e senti toda a atenção que eles me deram. Ansiosa para o próximo.”, comentou.
Grand Slam da IBJJF de kimono? Essa é uma possibilidade, ainda não totalmente concreta, para 2025
Depois de anos de dedicação ao grappling, fechando uma temporada com saldo positivo, Aurelie afirma que ainda não chegou onde quer lutando Jiu-Jitsu sem kimono. De acordo com ela, 2025 reserva muitas surpresas e novos territórios que ela pretende desbravar.
“O grappling é realmente um show business e eu não cheguei onde eu quero no mundo do sem pano. Vou continuar os treinos sem kimono sim. Mas eu acredito que no começo de 2025 eu vá defender meu título de campeã do Europeu, em Portugal. Quem sabe também tentar o Grand Slam da IBJJF. Nada definido ainda, mas uma coisa é certa – para esse ano de 2025 eu quero grandes desafios. Um deles é poder estrear no BJJ Stars, porque sei que o Fepa (Lopes) cuida muito bem dos atletas convidados.”, projetou.
