
Gabrieli Pessanha construiu uma das maiores sequência de vitórias da história do Jiu-Jitsu. Foram mais de dois anos de invencibilidade, dominando todas as adversárias, em todos os palcos, com autoridade, técnica e consistência. Ela não apenas venceu — reinou. Unificou títulos, empilhou medalhas duplas, e transformou sua presença nos campeonatos em algo quase mitológico.
Na final do super-pesado, Gabi foi superada por Tayane Porfírio — mas o impacto de sua sequência histórica continua ecoando pelo esporte.
Marco das vitórias
A sequência de vitórias de Gabrieli Pessanha se transformou em um dos maiores marcos do jiu-jitsu feminino. Por mais de 166 lutas, ela superou adversárias de elite como Yara Soares, Ana Carolina Vieira, Tayane Porfírio e outras campeãs mundiais, consolidando sua hegemonia tanto na categoria quanto no absoluto. O domínio de Gabi chegou a se tornar aos olhos de muitos como previsível, algo assustador ao considerar o nível de competição que ela enfrentou nesses anos. Gabi tornou comum a imagem de campeã do Grand Slam da IBJJF tendo conquistado o marco por 4x. A invencibilidade foi encerrada, porém, a história e legado de Gabrieli Pessanha é muito maior do que qualquer derrota.
Legado
O legado de Gabrieli Pessanha transcende suas vitórias. Como faixa-preta da equipe Infight, sob a orientação de Márcio de Deus, ela se tornou uma referência no jiu-jitsu feminino. Sua trajetória é marcada por conquistas inéditas, como o Grand Slam em 2022, 2023, 2024 e 2025, sendo que nos 3 primeiros anos, ela venceu categoria e absoluto em todos, e por sua capacidade de inspirar novas gerações de atletas. Pessanha não apenas elevou o nível técnico do esporte, mas também desempenhou um papel fundamental na promoção e valorização do jiu-jitsu feminino em âmbito nacional e internacional.
Contribuição para o crescimento do esporte
Além dos títulos e marcas históricas, Gabrieli Pessanha também reforçou sua presença institucional no esporte. Em fevereiro de 2024, Gabrieli Pessanha alcançou um marco inédito ao ser nomeada 3º Sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) por meio do Programa de Atletas de Alto Rendimento, tornando-se a primeira faixa-preta de Jiu-Jitsu, entre homens e mulheres, a integrar oficialmente o quadro de militares da FAB. A nomeação ressalta o impacto de sua carreira não apenas no cenário competitivo, mas também como símbolo de excelência esportiva nacional, em linha com a política da CDE de valorizar atletas que representam o país no mais alto nível.