
O Mundial No Gi da IBJJF, que aconteceu de 12 a 14 de dezembro em Las Vegas, nos Estados Unidos, foi uma competição que vai figurar entre os melhores momentos da carreira de Rodrigo Freitas, faixa-preta e líder da Inspirit Jiu-Jitsu Academy, com sede na Califórnia. Além de ter sido campeão no torneio, Rodrigo foi o melhor competidor entre os atletas do peso leve, master 2, o título teve um significado a mais – legitimou a perseverança dele ao longo da carreira.
“Eu treino desde os 13 anos de idade e desde o começo me dediquei bastante ao Jiu-Jitsu. Como atleta, sempre almejei os títulos mais importantes e várias vezes cheguei bem próximo de ser campeão mundial sem kimono, ficando com a medalha de prata, mas dessa vez deu certo! Eu sempre dou tudo de mim nos campeonatos. Acredito que tive uma boa performance nesse mundial e consegui colocar em prática todas as minhas estratégias para segurar o primeiro lugar. Meu treino nunca para, mesmo durante as férias. O Jiu Jitsu na minha vida é um lifestyle.”, explicou o campeão.

Adversário de Rodrigo na final disse que estudou o jogo do campeão; líder da Inspirit foi superior mesmo assim
Na disputa pelo ouro, Rodrigo lutou contra Louis Steven, faixa-preta representante da Alliance. De acordo com Rodrigo, a final foi realmente a luta mais dura do torneio já que o oponente chegou pronto porque fez o dever de casa, conforme admitiu no pódio, na entrega de medalhas, de estudar o jogo do finalista.
“Foi uma luta travada, não consegui encaixar muito os meus ataques, mas consegui avançar em posições e ganhei na decisão da arbitragem. Eu também não estava 100% fisicamente nesse campeonato, mas vida de atleta é assim. Acredito que anos de experiência me ajudaram, eu criei maturidade nas competições. Nunca foi sorte, sempre muito trabalho e dedicação.”, esclareceu.
Hoje Rodrigo é um líder e professor respeitado que orienta alunos sob a bandeira da Inspirit. Ele afirma que a reputação que tem hoje é fruto de uma trajetória construída com disciplina e resiliência como pilares.
“Eu acredito muito no poder da disciplina e que meu papel de professor é um exemplo não somente para os meus alunos, mas para essa próxima geração, de que tudo é possível. Não existe apenas o talentoso, existe também o atleta que se dedica e cria suas próprias oportunidades. Eu nunca fui o mais talentoso, mas sempre tive disciplina e resiliência. Foi assim que alcancei todas as minhas realizações dentro do Jiu Jitsu. Títulos como o Mundial, Pan-Americano, American Nationals, entre outros. É assim que sigo liderando minha equipe. Mostrando que existe um caminho sempre.”, afirmou.

Pandemia freou projeto de expansão da equipe, mas em 2024 os planos saíram do papel
A própria expansão da academia de Rodrigo na Califórnia exigiu muita força de vontade e crença no poder dos próprios objetivos. Um plano que já vinha sendo executado desde 2019 se concretizou efetivamente cinco anos depois, em 2024.
“A Inspirit Jiu Jitsu Academy é a minha mais nova realização. Desde 2019 estávamos com o planejamento de expandir, mas veio o Covid e acabou adiando bastante os planos. Em setembro de 2024 mudamos para nosso novo espaço, mais amplo, com uma estrutura diferenciada para proporcionar uma experiência melhor para os nossos alunos. O novo nome foi estudado junto com um time especializado que nos direcionou para o nome ‘Inspirit’, que representa um conjunto de ideias importantes para o Jiu Jitsu: inspirar, respirar, motivar, levar vida, entre outros significados. O slogan da nossa nova academia é ‘Life and Jiu Jitsu walks together’.”, detalhou.
Se for para fazer uma retrospectiva de 2024, Rodrigo Freitas afirma que passou com notas excelentes em diversas disciplinas da vida real: pai de família, empresário e professor. Para 2025, falando especificamente sobre a parte profissional, o faixa-preta campeão mundial diz que o objetivo é seguir ganhando espaço no cenário.
“Em 2025 a meta é continuar expandindo e aprimorando a nossa academia junto com o time que temos, com previsão de vários camps para os principais campeonatos. Intensificar os treinos de competição. Enfim, nada muda.”, encerrou.