Bruno Bastos é um dos professores e líderes de equipe que vestiram o kimono para entrar em ação no Mundial Master da IBJJF, competição que aconteceu, em paralelo com o Jiu-Jitsu Con, no final do mês passado em Las Vegas, nos Estados Unidos. Foram dias de celebração do esporte, com lotação máxima e constatação de que o Jiu-Jitsu com kimono vive uma excelente fase para todas as idades.
“Eu acredito que estamos vivendo um momento sensacional na divisão dos Masters. Temos atletas de verdade nessa faixa-etária. Isso se reflete em patrocínios, seminários, cursos, aulas particulares e superlutas.”, disse Bruno Bastos, sugerindo que o profissionalismo dos atletas acima dos 30 anos e dos competidores do adulto não é mais separado por um abismo.
No âmbito comercial, Jiu-Jitsu de kimono é mais abrangente segundo a opinião de Bruno Bastos
Guilherme e Rafael Mendes, que ministraram um seminário no Jiu-Jitsu Con, se manifestaram sobre a importância do Jiu-Jitsu com kimono ao avaliarem o evento nas redes sociais. Bruno Bastos, que comanda a LEAD BJJ, concorda com os Mendes e afirma que o grappling ainda está na sombra do esporte praticado com pano, mesmo levando em consideração que o No Gi é mais relevante em termos de entretenimento.
“Comercialmente, o Jiu-Jitsu de kimono é ainda muito maior que o grappling. O grappling é maior como entretenimento, em eventos profissionais. Na LEAD BJJ, acompanhamos isso nas escolas ao redor do mundo, temos um engajamento muito mais de kimono com o público comercial. Obviamente, você vai ver o público comercial interagindo com competidores e fazendo aulas de No Gi juntos.”, avaliou.
Jiu-Jitsu é um esporte que permite interação entre ídolos e praticantes regulares
Ao mencionar a interação entre atletas e praticantes, Bruno Bastos ressaltou o aspecto inclusivo do Jiu-Jitsu, um esporte que comporta pessoas de diversos níveis, proporcionando convívio direto de ídolos com seus admiradores.
“Nós temos aulas comerciais e treinos de competição. Os competidores fazem os dois. Acredito ser importante esse ambiente onde “pessoas comuns” podem interagir e dar um rolinha com pessoas que inspiram elas. O Jiu-Jitsu te proporciona isso. Os alunos comerciais fazem somente as aulas comerciais e tudo é dividido por níveis: fundamentos, intermediário, avançado e treino de competição.”, detalhou.
Hoje, Bruno Bastos tem uma atleta em franca ascensão, sob sua coordenação, no Jiu-Jitsu de kimono. Cássia Moura, que já estreou com vitória no grappling no Who’s Number One, inaugurou a faixa-preta no Jiu-Jitsu Con e foi campeã. Primeira colocada em Mundiais da IBJJF nas faixas coloridas, Cassia, nascida no Rio de Janeiro, fez por merecer a sua chegada tão veloz na faixa-preta. Agora, ela prova que está no lugar certo.
“A Cassia tem lidado muito bem com tudo isso. Apesar de ser muito jovem, ela teve uma transformação gigantesca nesses 18 meses aqui, treinando comigo e morando com a minha família. Ela está fazendo um trabalho muito profissional e está preparada para lidar com tudo isso. Acredito que ela vai brigar pela coroa do peso pena.”, comentou.
