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Atleta com má formação congênita no braço esquerdo vence luta de MMA por nocaute

Marney Maxx brilhou no Shooto Brasil 127 na última sexta, no Rio de Janeiro

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Marney Maxx comemora vitória por nocaute no Shooto Brasil 127, no Flamengo.
Marney Maxx comemora vitória por nocaute no Shooto Brasil 127, no Flamengo. Foto: @m8sportsoficial

Na última sexta, dia 13, Marney Maxx, lutador de MMA com uma deficiência congênita no braço esquerdo, emplacou uma vitória por nocaute com pouco mais de três minutos do primeiro round. Marney lutou no card preliminar do Shooto Brasil 127 e enfrentou Esteferson da Silva em um confronto válido pelo peso casado. 

Mestre de Muay Thai e natural de Fortaleza, Marney tem uma história de superação que comove. Com a deficiência, o atleta não deixou se abater para se transformar em um artista marcial e a falta de recursos financeiros ideais também não o limitou. Para conseguir lutar, Maxx já conseguiu dinheiro vendendo jujuba. 

Marney teve pressa para decidir seu confronto no Shooto Brasil

Maxx entrou no cage do Shooto Brasil, no Flamengo, Rio de Janeiro, determinado a acabar com o confronto logo. Um chute alto e um soco na cabeça de Esteferson foram suficientes para que o oponente cambaleasse. Maxx sentiu a efetividade dos golpes e avançou. Um cruzado de direita levou Esteferson à lona e o nocaute foi declarado pelo juíz. Com a vitória, o cearense emplaca a terceira vitória consecutiva, com as lutas terminando no primeiro round. Parado desde 2022, a atuação no Shooto marcou o retorno do lutador de MMA à ação. Agora, ele tem seis vitórias e quatro derrotas no cartel profissional. 

Durante participação na série ‘Dias de Luta’, em 2020, Marney Maxx contou que se sentiu acolhido de verdade dentro da academia, quando descobriu o gosto pela luta. A má formação no braço, uma condição congênita, já fez com que o atleta sofresse muito preconceito ao longo da vida. Com a vida dedicada ao esporte e ao aprimoramento como atleta, ele encontrou a redenção. 

“Se estou aqui é porque teve muita luta, muita guerra, diariamente. A vida é dura, não é fácil. Eu tinha medo do preconceito. Antigamente, eu era xingado, hoje eu tiro onda, esfrego o meu bracinho no rosto da galera, finjo que é microfone para entrevista. A arte marcial fez os meus amigos verdadeiros.”, contou Marney na gravação. A vitória dele no Shooto levantou o público da Upper Arena, que apoiou o atleta emocionado com a vitória em seu retorno ao MMA.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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