Em vídeo postado nas suas redes sociais, Victor Honório falou sobre alguns aspectos do Campeonato Brasileiro da CBJJ, que aconteceu de 20 a 28 de abril, em Barueri, São Paulo. A principal motivação da declaração de Honório foi a polêmica que envolveu a final da disputa da divisão pesadíssimo, entre ele e Pedro Elias, faixa-preta da Fratres. No duelo pelo ouro, os dois finalistas foram desclassificados por falta de combatividade. No posicionamento, o representante da GFTeam disse porque discorda da determinação dos árbitros.
“Não concordei, achei que os árbitros não tiveram consideração. Mas eu entendo, são dez dias de campeonato e eles estavam cansados, com olheiras. Eu acho um erro deixar o adulto profissional, faixa-preta, para o último dia. A arbitragem é humana. Então, o mais importante e difícil fica para o último dia.”, opinou o faixa-preta.
Victor lembrou que dez minutos simulam situação real de luta
Ainda na mesma declaração, Victor Honório falou que os dez minutos de luta, estipulados para os atletas da faixa-preta, são fundamentais para simular uma situação real de luta, considerando que pode levar certo tempo até o domínio total do oponente, o que pode incluir a finalização. Victor falou também sobre a demanda por espetáculo, por lutas mais movimentadas, mas é impossível esperar que um atleta mais pesado se movimente como um competidor da divisão dos galos, por exemplo.
“O faixa-preta luta dez minutos porque eles entendem que esse sentido do Jiu-Jitsu deve ser preservado, Jiu-Jitsu é arte marcial. Manter isso no esporte, essa essência da arte marcial, eu acho muito importante. Em uma luta real, se você tiver que dominar uma pessoa, finalizar, não é rápido. É a realidade de uma luta de verdade. Hoje estão todos querendo entretenimento, é legal, mas a gente não pode perder a nossa essência. Não tem como pedir para que os pesadíssimos se movimentem igual alguém do peso galo.”, comentou.
Lutar no último dia impede que os faixas-pretas aproveitem os outros dias de competição, de acordo com opinião de Honório
Para Victor Honório, outro ponto negativo da reserva do último dia de torneio aos faixas-pretas é que, diante da necessidade de se manter concentrado para competir, os atletas dessa graduação perdem a oportunidade de aproveitar o campeonato como um todo. Ainda mais se tratando de Brasileiro, o evento mais importante do ano, do calendário da IBJJF, que ainda é realizado no Brasil.
“Eu dedico a minha vida para o Jiu-Jitsu, fiz o meu nome, tenho os meus fãs, eu tenho que me concentrar para lutar no último dia. De repente, poderiam colocar o faixa-preta para o primeiro dia. Deixar a gente curtir o campeonato todo, tirar foto, marcar seminário, falar com a galera.”, sugeriu, dizendo que a federação é capaz de se reinventar.