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Thalyta Silva fala sobre rivalidade com Andressa Cintra e comenta Europeu 2024

Campeã das edições de 2022 e 2023, Thalyta Silva quer fazer história e manter título em casa

Thalyta Silva é bicampeã do Europeu da IBJJF e uma das melhores atletas da atualidade
Thalyta Silva foi ouro no médio e prata no absoluto no Europeu do ano passado. Foto: @thalytabjj

O primeiro grande torneio do calendário competitivo da IBJJF foi também o primeiro campeonato de maior relevância que a mineira Thalyta Silva disputou na faixa-preta. O desempenho não poderia ser melhor e hoje a competidora da equipe Fratres detém o título de bicampeã no Campeonato Europeu, além de outras conquistas, como campeã do Grand Slam, da AJP Tour, duas vezes também, e campeã No Gi do Pan-Americano com selo da IBJJF.

A poucos dias do início da Campeonato Europeu, com o primeiro dia de lutas agendado para o dia 19 de janeiro em Paris, na França, Thalyta Silva conversou com a equipe do VF Comunica sobre diversos assuntos, incluindo o preparo para o início da temporada, carreira e Jiu-Jitsu feminino.

A palavra que direciona Thalyta para esse próximo desafio é confiança. Afirmando estar em bom estado físico e mental, a faixa-preta, um dos destaques do peso médio do Europeu, tem como carta na manga uma preparação desempenhada com excelência.

“Estou com a cabeça muito tranquila, muito boa, porque fiz um trabalho muito bem feito, desde o ano passado. Desde novembro eu já estava focada, então eu mantive. Agora, estou mais dentro do peso da divisão também, para não precisar perder peso em cima da hora, como eu geralmente faço para lutar nessa categoria. Eu estou me sentindo muito forte, não tem como não estar confiante.”, revela Thalyta.

De acordo com a atleta, após análise das atletas contidas na divisão peso médio, a categoria provavelmente não vai lhe reservar grandes surpresas. No entanto, a faixa-preta tem consciência de que não existe facilidade no processo de conquista de um título tão importante quanto o Europeu.

“É a segunda vez que eu luto o Europeu de médio e eu já fui campeã. São mais ou menos as mesmas meninas de sempre. Eu conheço quase todas, tem duas ali que eu nunca lutei. De nove meninas que estão na minha categoria, eu já lutei com sete. Todas as sete eu já consegui vencer. Não é fácil, são sempre lutas muito duras, mas eu já sei o que esperar desse campeonato. Então, eu estou pronta. Acredito que vou me sobressair em todas as lutas.”, avalia a atual campeã, que tem ao seu lado atletas como Raquel Canuto, Ingridd Alves e Vanessa Griffin na categoria.

A campeã acredita estar vivendo a melhor fase da sua carreira no período atual. Para ela, tudo está alinhado para que venha ter uma ótima performance nos tatames azuis da IBJJF.

“É óbvio que existem os altos e baixos. Às vezes nós não estamos em uma fase mental muito boa, eu acho que para mim isso é o que me pega de vez em quando, essa questão mental que acaba atrapalhando o resto. Mas, nesse período atual eu estou na minha melhor fase, mesmo. Então, está tudo alinhado, tudo: treinos, alimentação, foco.”, detalha a atleta.

Thalyta fala sobre com Andressa e futuro do Jiu-Jitsu feminino

Thalyta também foi questionada sobre a rivalidade com Andresa Cintra, atual campeão mundial peso-médio. As atletas já lutaram quatro vezes sendo todas em finais do Mundial por duas vezes, Brasileiro e Mundial No Gi. A mineira comentou como essa disputa ajuda na evolução do seu Jiu-Jitsu.

“A Andressa é a única atleta da categoria que eu lutei e ainda não venci, mas vou mudar isso esse ano, ela fez eu evoluir muito meu Jiu-Jitsu. No geral, eu não me importo com a rivalidade de nenhuma atleta comigo, até porque no final de tudo a gente vai entrar no tatame e lutar 10 minutos. É aí que a gente vai ver a verdade e o meu foco está nesses 10 minutos.”, diz Thalyta.

A representante da Fratres também aproveitou para avaliar o cenário competitivo para as mulheres com o ânimo de quem vem colhendo bons frutos na carreira.

“Eu acredito que estamos vivendo a melhor fase do Jiu-Jitsu feminino. Eu acho que as meninas estão se soltando muito mais, estão acreditando mais nelas mesmas também. Estamos tendo mais exemplos também de mulheres que lutam, a nova geração está chegando com força. Acredito que daqui para a frente a gente só tem a evoluir, estamos mais dispostas também a tentar coisas novas, antes as meninas eram mais limitadas, faziam somente um tipo de jogo. Agora, elas estão se arriscando mais nas técnicas do Jiu-Jitsu, entregando um Jiu-Jitsu bonito e evoluído.”, comenta.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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