
Você que é faixa-preta de Jiu-Jitsu, professor, quais são as suas prioridades e objetivos exercendo essa função? Transmitir ensinamentos da arte marcial é uma responsabilidade com uma dimensão enorme e infelizmente nem todos os professores têm consciência disso. Um futuro campeão mundial já pode ser fisgado dentro de uma academia, por exemplo, ainda na aula experimental. Para isso, o carisma do professor, sua metodologia e maneira com a qual ensina são fatores determinantes. Pavimentar um caminho de sucesso na posição de um profissional que passa o Jiu-Jitsu adiante é uma atividade que depende exclusivamente de você.
Roney Edler, faixa-preta nascido no Brasil, esteve consciente desses fatos quando decidiu viver de dar aulas de Jiu-Jitsu. Montou uma equipe do zero com pouco incentivo, a Sertão BJJ, desenvolveu ela com disposição e novas parcerias e hoje testemunha o crescimento do time. Hoje professor nos Estados Unidos, Roney elencou, em conversa com o VF Comunica, pontos fundamentais para quem quer, de uma vez por todas, se sair bem como professor de Jiu-Jitsu.
Já separa o papel e a caneta; mãos à obra!
- PAIXÃO
É imprescindível gostar do que você faz. Quando o amor é o principal motivo por trás do que fazemos, o sucesso é uma consequência natural.
- ATUALIZAÇÃO
Sempre procure estar aberto a aprender tanto dentro quanto fora da academia, com outros professores, de diferentes bandeiras. Com o desenvolvimento do esporte no mundo todo, o intercâmbio de conhecimento, entre equipes, se tornou uma necessidade.
- CRIATIVIDADE
Seja criativo e se reinvente, sempre dentro das possibilidades reais que o Jiu-Jitsu oferece em termos de técnica, para que os alunos se envolvam mais ainda com a Arte Suave.
- COMUNICAÇÃO
Ser capaz de se comunicar de forma clara e direta com os alunos faz toda a diferença. Assim, eles terão mais facilidade para assimilar as técnicas e, consequentemente, aprenderem.
- COMPROMETIMENTO
Tenha compromisso e seja pontual nas aulas. Cancelamentos em cima da hora também não podem ser aceitáveis. Isso deixa o aluno com inseguranças e dúvidas quanto à frequência das aulas.
- EMPATIA
Sempre se coloque no lugar do aluno e esteja disposto a ajudar, sem exceção. Lembre-se que um dia você foi um praticante inexperiente. O aluno que se sente amparado dificilmente abandonará o esporte ou te trocará por outro professor.
- AUTOAVALIAÇÃO
É preciso saber se autoavaliar e assim melhorar naquilo que você identificou como uma fragilidade. Seja humilde e tenha sabedoria para escutar os que estão de fora, porque eles têm uma visão mais privilegiada. É como um coach que observa uma luta fora do tatame e tem mais clareza para indicar movimentos que vão dar certo. Pense nisso.