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Roney Edler conta as dificuldades que encontrou antes do sucesso nos EUA

Líder da Sertão BJJ, com matriz em Kansas, é procurado por metodologia que valoriza o faixa-branca

Roney Edler tem turma grande de iniciantes na filial do Sertão, nos Estados Unidos.
Roney Edler tem turma grande de iniciantes na filial do Sertão, nos Estados Unidos. Foto: Arquivo Pessoal

Roney Edler é um dos faixas-pretas de Jiu-Jitsu que prosperaram no exterior. Nascido no Ceará, no nordeste do Brasil, Roney hoje é líder da Sertão Brazilian Jiu-Jitsu, com uma academia que funciona como uma espécie de matriz no Kansas. Em conversa com o jornalista Vitor Freitas, Roney se definiu como uma pessoa que “não espera, mas faz acontecer.”. Foi assim que ele conseguiu se estabelecer nos Estados Unidos por meio do ensino de Jiu-Jitsu.

Fixo no país há três anos, Roney aprendeu a identificar diferentes aspectos que separam as metodologias de ensino no Brasil e na América. De acordo com Roney, para obter sucesso como empreendedor em academias de Jiu-Jitsu, é preciso redobrar a atenção com o aluno iniciante. É no sucesso com o trato desse aluno que reside a longevidade de uma matrícula, levando a, consequentemente, turmas mais cheias.

“Eu acho muito importante, principalmente para a galera do Brasil, começar a melhorar a forma de ensino, porque o aluno tem que ter uma boa experiência na primeira aula. Nós no Brasil somos acostumados a jogar o faixa-branca no meio dos leões e vida que segue. Nessa cultura brasileira a gente acaba perdendo muitos alunos, porque o aluno não tem uma experiência boa dentro do tatame.”, observou Roney, que atualmente conta com uma academia frequentada por mais de 100 alunos, todos fiéis ao método de ensino.

Roney Edler menciona determinação em um país que valoriza mais o esporte

“Eu tenho um aluno que dirige uma hora para treinar comigo”, disse Roney, fazendo alusão à determinação do atleta americano. Para ele, esse é outro ponto positivo perceptível em um país que leva o esporte mais a sério. Talvez seja por conta disso, ele aponta, que o grappling esteja crescendo em ritmo vertiginoso em território norte-americano.

De acordo com Roney Edler, cerca de 80% dos alunos, entre o primeiro contato na recepção e a frequência nas aulas, são captados na Sertão Brazilian Jiu-Jitsu. “São pessoas que nos procuram querendo saber Jiu-Jitsu e essas pessoas permanecem”. 

Outra dica que o faixa-preta deu na entrevista diz respeito ao controle de turmas muito grandes. Nesse caso, como costuma acontecer com frequência, o professor acaba perdendo de vista os alunos iniciantes, que precisam de uma atenção redobrada. “Eu coloco os meus alunos do avançado para ajudar os fundamentais. Eu faço com que eles saibam que devem ajudar os novatos. Nós temos essa filosofia aqui.”, concluiu Roney.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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