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Romulo Barral, lenda do Jiu-Jitsu, relembra primeiro título Mundial da IBJJF

Faixa-preta da Gracie Barra que fez história com o pentacampeonato mundial relembra trajetória na elite do esporte

Romulo Barral é figura emblemática do Jiu-Jitsu.
Romulo Barral é figura emblemática do Jiu-Jitsu. Foto: Kitt Canaria

Em época de Campeonato Mundial da IBJJF, o jornalista Vitor Freitas entrevistou Romulo Barral, pentacampeão mundial de Jiu-Jitsu, um dos melhores professores do mundo da modalidade, conforme descrito na biografia do campeão no BJJ Heroes, empreendedor e um fã exímio da arte marcial que o revelou como lenda. 

Na entrevista, disponível na íntegra no canal do VF Comunica no YouTube, Romulo Barral, membro do Dream Team da Gracie Barra nas duas primeiras décadas dos anos 2000, fez um apanhado geral da carreira, relembrando os tempos de competidor de alto rendimento, títulos mundiais conquistados, antigas rivalidades e compartilhou aspectos da sua missão atual – propagar o Jiu-Jitsu como professor.

Sobre confiança, Barral diz: “Estilo Meregali”

Um dos pontos altos da conversa ficou por conta das memórias da conquista do primeiro título mundial, em 2007, depois de enfrentar Saulo Ribeiro na final da disputa da chave dos meio-pesados. Segundo Romulo, a sensação de confiança transbordava desde o momento da sua chegada na Califórnia, nos Estados Unidos, para a competição.  

“Me deu uma confiança, eu estava tipo o (Nicholas) Meregali. Vai sair a chave, eu já falava: ‘pode colocar qualquer um, vou bater em todo mundo’. Eu saí do avião e meu amigo Piano (Malachias) me pegou no aeroporto. ‘Rominho, vai ter treino agora, quer ir?’ Claro! Vou tirar o jet lag treinando. Cheguei lá, um treino atrás do outro. Treinei com o Otávio (Sousa), ‘Tussa’ (Alencar), Flávio (Almeida), Braulio (Estima) e Roger (Gracie). Eu fiz um Campeonato Mundial saindo do avião.”, contou Barral. 

Romulo Barral aponta dificuldades para se destacar na época que brilhou como competidor

Atualmente, por mais que ganhar campeonatos ainda tenha suma importância, em qualquer cor de faixa, existem outras formas de ganhar visibilidade como atleta. O próprio desempenho nas mídias digitais, para explorar as relações com um patrocinador, por exemplo, é um dos recursos disponíveis hoje em dia. No auge de Romulo Barral como competidor, era bem diferente. Ou você vencia na faixa-preta ou ficava invisível. 

“Desde quando eu me entendo por atleta, sempre foi, antes, no meu caso, na minha época, ou você era campeão na faixa-preta ou você não era ninguém. Não existia essa de faixa-azul que é o cara, que ganha peso e absoluto. Não existia isso. Se você ganhasse peso e absoluto na faixa-marrom, você tinha uma foto pequena na revista e era isso.”, relembrou Romulo.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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