Gabriel Almada 
Competir na elite do Jiu-Jitsu depois dos 40 anos pode parecer impossível. A não ser que você seja um “Cyborg”. No auge de seus 42 anos, o multicampeão Roberto Abreu vai se aventurar em dose dupla no Grand Slam Miami, a ser realizado nos dias 16 e 17 de setembro, em Miami. Cyborg vai competir nas categorias adulto e master 1 na divisão até 120kg e vai com força total rumo ao ouro duplo.
O faixa-preta da Fight Sports será um dos principais nomes da nata do Jiu-Jitsu em ação na AJP e está focado em entregar mais uma grande atuação. Em entrevista ao VF Comunica, Roberto Cyborg destacou o nível de seus adversários e disse que a meta é liquidar a fatura.
“Estou muito feliz por me desafiar mais uma vez. As chaves não saíram ainda, mas estará muito dura. Só tem fazedor de força na categoria. Todos os atletas são duros, eu e Roosevelt vamos entrar em lados diferentes. A estratégia é a mesma para todos. Porrada. Vou lutar nas divisões master e adulto e todos os adversários são duríssimos nas duas categorias. Tenho que chegar lá e fazer o serviço, só isso”, comentou Cyborg.
Roberto Cyborg é um competidor diferenciado e leva a vida de atleta durante o ano inteiro. Esse comportamento mostra nas competições que a vitalidade dele segue invejável. O craque acredita que a consistência e a disciplina são peças fundamentais nesse processo.
“O segredo é a constância com o que amamos fazer. Isso não funciona só com o Jiu-Jitsu, mas em tudo na vida. Sou muito disciplinado com meu treino e com a minha preparação física. Eu amo o estilo de vida que levo, então não vejo como algo difícil ou pesado, somente fiz com que minha rotina, especialmente ficando mais velho, seja bem saudável e ativa. Os resultados estão aí”, apontou o faixa-preta.
A adrenalina é o combustível que move Cyborg para se lançar nos desafios. O campeão está focado em aproveitar as oportunidades que o Jiu-Jitsu e quer se manter em alto rendimento até quando for possível.
“Motivação vai e vem. O que fica é a vontade de viver e conhecer o próprio propósito. Nunca lutei pelos títulos, fiz e faço pelo prazer em lutar e viver meu sonho e meu propósito de vida. Me sinto abençoado com tudo que o Jiu-Jitsu me proporcionou e continua me proporcionando. Não sou um cara planejador, mas sim que vive intensamente o presente. E enquanto o presente me permitir, continuarei dando meu melhor”, explicou Cyborg.
Um anúncio bombástico sacudiu a comunidade do Jiu-Jitsu com notícias vindas diretamente da capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi. Foi a criação do Abu Dhabi Extreme Championship (ADXC), evento de lutas casadas que surgiu com o ambicioso objetivo de revolucionar as competições de grappling. A primeira edição está marcada para o dia 20 de outubro e o nome de Roberto Cyborg aparece entre os mais pedidos pelos fãs da modalidade.
O faixa-preta listou os atletas que gostaria de enfrentar num possível confronto no ADXC e revelou que novidades serão reveladas em breve.
“Nunca lutei com o Felipe Preguiça e acredito que esta seria uma luta bacana, ele é um super campeão e sairia uma porrada boa. Queria também um tira-teima com o Meregali, porque eu fiquei doente na véspera da nossa última luta e não consegui performar como deveria. Ou também seria uma boa a final do absoluto do Mundial Sem Kimono, que nunca aconteceu, contra o Ceconi. Apesar de ter um carinho gigante por ele, sei que ele está um monstro e seria um lutão. Meu manager Viktor Doria está negociando tudo e, em breve, teremos novidades. Adoro desafio e estou buscando sempre o melhor. No momento em que paramos de nos desafiar, morremos”, garantiu Roberto Cyborg.
