em

Quem é Kauã Gabriel? Jovem encantou Mo Jassim na seletiva do ADCC

Apresentado ao Jiu-Jitsu na infância, Kauã foi graduado à faixa-preta por Melqui Galvão no primeiro lugar do pódio do Brasileiro No Gi

Kauã Gabriel é faixa-preta de Jiu-Jitsu de Melqui Galvão e um dos principais treinos de Mica Galvão, em Jundiaí.
Kauã Gabriel avançou firme e chegou à final nas duas seletivas do ADCC que diputou no Brasil, no início de março. Foto: @kauagabrielbjj1

A história do manauara Kauã Gabriel no Jiu-Jitsu começou cedo, aos quatro anos de idade, por influência da mãe, que já treinava. O gosto pela competição também apareceu ainda na infância e, de acordo com o desempenho do garoto de apenas cinco anos, o talento no sangue ficou logo evidente. Dez anos depois, na faixa-verde, Kauã foi introduzido no projeto de Melqui Galvão e a dedicação ao esporte atingiu o nível máximo, com compromissos de atleta profissional e estadia no alojamento da equipe. Com o passar do tempo, acumulando aprendizado por meio do Jiu-Jitsu, Kauã chegou à faixa-marrom e se mudou para Jundiaí, em São Paulo, solidificando ainda mais o vínculo com o time de Melqui. Em Manaus, ele deixou boa parte do coração, mas temporariamente, já que o sucesso no esporte permitiria que ele vivesse perto das pessoas que ama.

“Na faixa-marrom, vim para a equipe de Jundiaí, em São Paulo, deixando em Manaus a minha família. Fui pai aos 17 anos e um dos motivos que me fizeram vir para Jundiaí em 2023 foi conseguir sustentar a minha família. Sem abandonar o que eu amo fazer, consegui trazer o meu filho e minha esposa para perto de mim.”, conta.

Kauã Gabriel fez parte do irrefreável Team Modolfo, no AIGA, ano passado

No ano passado, Kauã Gabriel esteve no seleto grupo de atletas que formaram o Team Modolfo, liderado por Mo Jassim, no AIGA Championship, torneio de grappling disputado por equipes no Cazaquistão. Ao lado de atletas como Mica Galvão, Gabriel Sousa, Felipe Machado e Giancarlo Bodoni, o time Modolfo disparou na liderança e conseguiu o título com ampla vantagem no placar: 7×0 na semi e 5×2 na grande final, rendendo uma premiação de 50 mil dólares. Na entrevista ao VF Comunica, Kauã disse que, através do prêmio, conseguiu realizar um dos seus principais objetivos.

“O AIGA foi a chance que eu tive e assim o fiz. Consegui trazer minha esposa e meu filho para perto de mim. Minha maior motivação hoje é minha família, sem dúvidas, por eles que me levanto todos os dias.”, afirma. 

Kauã
O ouro dobrado no Brasileiro No Gi da IBJJF teve como resposta a graduação à faixa-preta, pelas mãos de Melqui Galvão. Foto: @kauagabrielbjj1

Na escalada rumo ao sucesso, Kauã Gabriel disputou inúmeros campeonatos. Na faixa-marrom, em disputas sem kimono, foi campeão peso e absoluto em Opens da IBJJF, como no Rio Summer, Curitiba Summer e Manaus International. No Mundial e Brasileiro No Gi da CBJJE, também conseguiu o ouro duplo. No Campeonato Brasileiro sem pano da CBJJ, veio um grande reconhecimento junto com mais duas medalhas douradas que conquistou: foi graduado à faixa-preta no pódio por Melqui Galvão. 

“O mestre Melqui Galvão sempre foi referência como professor para mim, desde pequeno. Me sinto privilegiado em fazer parte da sua equipe. Ele e Deus, sem dúvidas, estão construindo a minha trajetória. Sem eles eu não estaria aqui sendo entrevistado. Trabalhar com os melhores faz muita diferença. Ter o mestre Melqui, Mica Galvão e Diogo Reis todos os dias no mesmo tatame é incrível, eles são minhas maiores inspirações. O Diogo é o 66 kg mais brabo que conheço, treinar com o campeão do evento principal do ADCC para mim é mais que inspirador! Agradeço a Deus todos os dias por essa oportunidade!”, destaca.

Atuação de Kauã no ADCC impressionou Mo Jassim

Dos compromissos mais recentes de Kauã Gabriel, vice-campeão das duas seletivas do ADCC disputadas no Brasil, em Belo Horizonte e São Paulo, ficou uma recompensa muito importante: a admiração de Mo Jassim. Kauã disse que não teve condições de se preparar adequadamente por conta de um problema de saúde. No entanto, a aptidão natural do atleta o levou até a final, duas vezes.

“Fiquei feliz nas seletivas com a minha performance, confesso que não acreditei que estava na final, até pq o nível dessa competição é altíssimo e eu não estava 100%, porque estava me recuperando de uma virose. Foi por isso que não tive muito tempo para me preparar, mas eu não poderia perder essa oportunidade de disputar esse espetáculo do grappling. Agora, a história está diferente, estou no meu maior foco, fiquei mais motivado e sei que é só questão de ajustar pequenos detalhes. Gostaria muito de ser convidado para o evento principal do ADCC, porque sei que vou fazer uma excelente apresentação, quero me testar mais uma vez contra os melhores do mundo.”, ressalta, com credenciais suficientes para receber o cobiçado convite.

Avatar photo

Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

Pedro Rocha quer revanche contra Giancarlo Bodoni: “No ADCC seria especial”

Conheça os campeões do primeiro dia do Pan-Americano da IBJJF