O significado de ‘Poatan’, a alcunha que se uniu ao nome de Alex Pereira, atual dono do cinturão dos meio-médios do UFC, diz muito sobre o respeito à ancestralidade do lutador, nascido em São Bernardo do Campo, em São Paulo. ‘Poatan’, que significa “mão forte” em tupi-guarani, foi um apelido que Alex ganhou de Belocqua Wera, primeiro treinador de Kickboxing do campeão do UFC. Em entrevista ao podcast Nem Me Viu, ele deu mais detalhes sobre a origem do nome.
“Meu primeiro treinador apresentou essa parte para mim porque ele vem de uma cultura indígena, ele perguntou se meus ancestrais tinham ligação com esse povo. Perguntei para os meus pais e eles falaram que os avós deles eram índios. Desde então, começamos a trabalhar nisso. ‘Poatan’, foi o meu treinador que me deu esse apelido, significa ‘mão forte’. Por isso que eu tatuei essa pedra na minha mão.”, contou.
Alex ‘Poatan’ preserva raízes na prática com visitas aos Pataxós de Coroa Vermelha
A partir do momento da descoberta de traços de povos originários na árvore genealógica, Alex ‘Poatan’ faz questão de reforçar a conexão com essa particularidade de suas origens. Em entrevista ao canal do YouTube do UFC, o lutador de MMA falou sobre a Aldeia Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia. Na menção, mandou abraço ao cacique Ubiranan e completou dizendo que “quem não conhece, tem que ir lá, Coroa Vermelha, tribo Pataxó na Bahia. Vai ser bem recebido.”.
Em posição de proeminência no UFC, maior organização de MMA profissional do mundo, Alex ‘Poatan’ não perde o hábito de fazer visitas aos Pataxós, compartilhando com os seus fãs os valores culturais dos povos de Coroa Vermelha. Em atuação no Ultimate, ‘Poatan’ reforça essa conexão com a ancestralidade com referências visuais que remetem aos costumes indígenas.
Na pesagem para a luta contra Israel Adesanya, em 2022, Alex apareceu com cocar e rosto pintado de vermelho. Na luta, no dia seguinte, venceu o rival por nocaute técnico e faturou o cinturão da divisão. No UFC 300, compromisso mais recente que terminou com a defesa dele do título atual, dos meio-médios, o atleta também fez menção aos povos originários com pinturas indígenas durante a encarada com Jamahal Hill.