Rosto conhecido entre os principais competidores de grappling, Pedro Rocha conduziu boas performances durante a temporada de 2023 e conseguiu a primeira colocação no ranking dos pesos pesados da IBJJF. Campeão do Pan e do Brasileiro, ambos sem kimono, Pedro Rocha foi uma peça importante do GP No Gi absoluto da IBJJF em fevereiro. Na chave com oito grapplers, Rocha superou Roosevelt Sousa nas quartas de final. O perigo da finalização em um ataque da guilhotina lhe rendeu uma vantagem e a vitória.
“O Roosevelt Sousa é um atleta muito duro. Conheço ele, mas não somos amigos próximos. Já tinha treinado com ele uma vez há uns 2 anos. Acho que se não fosse pelo GP, essa luta seria bem difícil de acontecer pela diferença de peso. Eu acredito que fiz o jogo perfeito para ganhar dele. Joguei com a regra debaixo do braço e realmente tentei explodir mais no início para tentar a finalização. Encaixei duas guilhotinas bem duras, mas ele conseguiu sair.”, detalha.
Luta contra Giancarlo Bodoni era muito aguardada por Pedro Rocha
Na semifinal, Pedro Rocha teria que passar por Giancarlo Bodoni para disputar a final contra Kaynan Duarte. De acordo com ele, em entrevista ao VF Comunica, as punições pareceram aplicadas rápidas demais, o que fez com que Pedro tivesse que ser menos cauteloso ao correr atrás do prejuízo.
“Era realmente a luta que eu mais queria. Eu queria muito essa luta contra o Bodoni. Ele é o atual campeão do ADCC na minha divisão de 88 kg. Acredito que fiz uma luta boa com ele, mas infelizmente achei que as punições que me deram foram muito rápidas então tive que começar atacar mais, foi assim que ele me raspou e ficou administrando por cima. Eu quero muito essa revanche novamente, em qualquer evento ou regra. Mas com certeza no ADCC seria especial.”, sugere o atleta que, impossibilitado de lutar as seletivas do ADCC, aguarda ansiosamente o convite de Mo Jassim para a disputa em Vegas.
Estilo finalizador, especialista em guilhotina, é atrativo para os fãs de grappling
O estilo de luta de Pedro Rocha é do tipo que empolga o público que acompanha o ADCC. Ele é um finalizador com especial habilidade para a guilhotina, só em 2023 foram 5 vitórias provenientes do estrangulamento. No entanto, ainda que exista o desejo de disputar o ADCC, Pedro afirma que nessa temporada está mais inclinado para as superlutas e GPs.
“Fui o número 1 do ano passado, consegui ganhar o segundo título do Pan, mas agora no absoluto fechando a final com o meu irmão. Essa temporada estou botando meu foco em GPs e em superlutas, eu posso até lutar um campeonato ou outro, mas o meu foco é esse e com certeza o ADCC.”, ressalta, projetando, de acordo com as próprias experiências, uma explosão da popularidade do grappling no Brasil dentro dos próximos três anos.