Nas disputas do Campeonato Mundial de 2024, a conquista do Grand Slam da IBJJF por Mica Galvão é um feito que entra para os registros históricos. Com o start no Campeonato Europeu, o circuito competitivo dos grandes torneios da federação internacional passa pelo Pan-Americano, Campeonato Brasileiro e, por fim, o Mundial na Califórnia. A faixa-preta de Mica chegou cedo, aos 17 anos de idade, e de competição em competição, ele provou o porquê mereceu a graduação com tão pouca idade.
“Ontem, dia 2 de junho de 2024, entrei para o seleto e pequeno grupo de atletas que conseguiram conquistar os quatro grandes eventos da IBJJF no mesmo ano. Agora tenho todos os títulos possíveis de kimono no alto nível. Também fui o atleta mais jovem, o que teve a maior taxa de finalizações e o que teve o menor tempo médio de duração das lutas de toda a história.”, disse Mica em postagem no Instagram, depois da conquista do título mundial.
No Mundial, Jiu-Jitsu de Mica permaneceu refinado
Na campanha do Mundial na Pirâmide, em Long Beach, na Califórnia, Mica Galvão esteve na condução de uma performance que rendeu um índice satisfatório de finalizações. Não conseguiu concluir todas as suas lutas antes do cronômetro chegar ao zero mas, em compensação, o filho de Melqui Galvão continuou promovendo um estilo de Jiu-Jitsu surpreendente, singular, que parece uma exclusividade sua – com naturalidade absurda dos movimentos e capacidade fora do normal de enxergar alternativas de finalização.
Ao falar de “tempo médio de duração das lutas”, Mica estava se referindo aos dados levantados pela página Scout Grappling, que mapeia o desempenho dos atletas com base em estatísticas. Os números associados à performance de Mica Galvão são impressionantes.
Jovem faixa-preta fez 16 lutas no GS, 13 delas tiveram finalização como desfecho
Para conquistar quatro medalhas de ouro no Grand Slam da IBJJF, Mica Galvão fez 16 lutas e finalizou 13 delas. No total, ele lutou 75 minutos e 10 segundos, com aproximadamente 4 minutos e 40 segundos de tempo médio por disputa. Entre Europeu, Pan-Americano, Brasileiro e Mundial, o acervo de conhecimento do faixa-preta lhe proporcionou a aplicação de 51 técnicas. 13 foram letais, com finalização, 20 resultaram em pontos no placar e 18 foram revertidas em vantagens.
“Hoje, com 20 anos de idade apenas, e podendo realizar meu sonho tão jovem, de conseguir conquistar todos os títulos possíveis na faixa-preta, estou muito feliz e em paz. Sobre meus próximos passos, preciso de um tempo para pensar. Por enquanto, meu coração só quer agradecer a todos que me ajudaram nessa jornada.”, encerrou Mica.