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Maria Cláudia conta detalhes da conquista no Europeu Nogi: “marcou a minha vida”

Maria Cláudia fala sobre triunfo em evento da IBJJF, avalia momento na faixa-preta e coloca alvo no Mundial Nogi

Maria Cláudia com guilhotina encaixada em luta no Europeu Nogi. Foto: Lu Nivers Athletics
Maria Cláudia com guilhotina encaixada em luta no Europeu Nogi. Foto: Lu Nivers Athletics

Maria Cláudia alcançou sua conquista mais expressiva sem kimono em sua promissora jornada na elite do Jiu-Jitsu. No último fim de semana, a aluna de Marcio de Deus teve desempenho sem falhas no Europeu Nogi, em Roma, e garantiu o ouro no peso leve. 

Maria é considerada uma das grandes promessas do Jiu-Jitsu feminino e está com o jogo mais lapidado a cada competição. A atleta da TMD House é um talento da Cidade de Deus e já brilha nos grandes palcos do Jiu-Jitsu.

Em entrevista ao VF Comunica, Maria Cláudia descreveu o significado do título no Europeu Nogi para o desenvolvimento de sua carreira.

“Não estava nos meus planos lutar nenhum campeonato nogi, mas as coisas mudaram. Participei de dois campeonatos nogi antes do Europeu, porém, não tive uma boa performance. Essa vitória me motivou a continuar, pois em dezembro vou lutar mais um dos grandes eventos sem kimono, o Mundial Nogi”, disse Maria.

Maria Cláudia celebra mais uma vitória no Jiu-Jitsu

Maria mostrou a qualidade de seu Jiu-Jitsu em Roma e prevaleceu no peso leve. Após o estouro do cronômetro na final, a emoção tomou conta de Maria Cláudia. Ele sentou no tatame e comemorou com os olhos marejados. A representante da Infight contou o que pensou durante aquele instante.

“Eu tiro aprendizados de todos os campeonatos, mas esse marcou a minha vida. A única coisa que passou pela minha cabeça foi que se eu tivesse desistido não estaria em uma final de faixa-preta e sendo a atual campeã do Europeu. Afinal, ‘quem desiste perde o direito de conquistar’. E que bom que eu não desisti”, vibrou Maria.

Maria afirmou que oscilou ao longo deste primeiro ano na faixa-preta, mas frisou que está motivada em busca de seus sonhos para proporcionar uma vida melhor à família e ao seu professor, Marcio de Deus.

“Eu me cobro muito e tive muitas derrotas desde que peguei a faixa-preta. Meu primeiro ano não foi o melhor, mas sei que ainda tem muita coisa boa para acontecer.  Eu luto diariamente por um sonho que existe no meu coração e não vou parar enquanto não conquistar o meu espaço e deixar a minha família e o meu mestre bem, pois futuramente irei cuidar deles”, projetou Maria.

A faixa-preta ressaltou que está com o jogo cada vez mais completo para evitar brechas às adversárias.

“Antes, eu costumava dizer que o ponto mais forte do meu jogo era a minha guarda, mas hoje não sei dizer porque me sinto uma atleta completa”, concluiu Maria Cláudia.

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Escrito por Gabriel Almada

Jornalista aficionado por luta e faixa-roxa de Jiu-Jitsu

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