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Marcos Cunha vibra com inauguração de academia nos EUA: “realização de um sonho”

Marcos abriu as portas de sua academia em Danbury, Connecticut, e tem expandido sua equipe

Marcos Cunha é o líder da The Match Cham. Foto: Reprodução/Instagram
Marcos Cunha é o líder da The Match Champ. Foto: Reprodução/Instagram

O professor Marcos Cunha se consolidou como um dos líderes de academia de Jiu-Jitsu mais respeitados da região Sul do Brasil e hoje dá sequência ao seu trabalho nos Estados Unidos. Marcos é o líder do The Match Champ e vai inagurar uma base da equipe em Kansas City no dia 1º de dezembro. Ele iniciou a equipe em Blumenau, Santa Catarina, e expandiu as fronteiras do time. Ele tem filiais em Danbury, Connecticut, e em Celina, Ohio.

O faixa-preta tem uma longa história no Jiu-Jitsu. Marcos já se dedica ao esporte há mais de três décadas e já formou diversos campeões dentro e fora dos tatames ao longo desses anos.

Marcos Cunha na TMC em Danbury. Foto: Reprodução/Instagram

Marcos conta primeiros passos no Jiu-Jitsu

Em entrevista ao VF Comunica, Marcos Cunha relembrou como foi seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu.

“Minha história no Jiu-Jitsu começou em 1992. Eu gostava de jogar futebol na rua e um amigo sempre passava por mim para ir treinar Jiu-Jitsu. Eu nem sabia o que era Jiu-Jitsu. Ele sempre me convidava para ir na academia, até que um dia aceitei. Só coloquei o chinelo e fui. A academia Tatakai ficava nos fundos de uma casa e o professor era o Rogério Loureiro. Cheguei durante a aula e o professor estava ensinando o armlock voador. Alguém me emprestou um kimono e comecei a treinar. No meu primeiro rola, dei um armlock voador, que virou uma marca registrada na minha vida”, recordou Marcos.

Marcos Cunha destacou que a questão financeira poderia interromper seu futuro no Jiu-Jitsu, no entanto, ele contou com o apoio da equipe para manter seu sonho vivo.

“Eu me apaixonei pelo Jiu-Jitsu, mas não tinha condições financeiras para pagar a mensalidade. Então, o mestre Rogerio Loureiro, que considero um pai, me abraçou e me deu uma bolsa. Quando íamos para os campeonatos, minha família não tinha dinheiro, então os pais sempre levavam comida a mais porque sabiam que eu estaria lá. Tive um começo muito bom como competidor e me apaixonei cada vez mais pelo Jiu-Jitsu. Eu não sabia o que era Jiu-Jitsu até colocar os pés no tatame. Foi amor à primeira vista”, disse o faixa-preta.

História em Blumenau

Ele é carioca e foi aluno de professores condecorados no Rio de Janeiro. Marcos Cunha explicou como foi a ida para Blumenau e listou os pontos altos de seu trabalho no Sul como professor de Jiu-Jitsu.

“Eu sou carioca e treinei com o mestre Rogério Loureiro até os meus 18 anos. Depois, migrei para a Nova União, onde fui aluno do mestre André Marolla, que é meu professor até hoje. Em 2004, saí do Rio de Janeiro e fui morar em Blumenau e ajudei no crescimento da Nova União na região Sul do país. Também formei atletas campeões mundiais pela Nova União nos maiores eventos do mundo. Entre eles, a Ana Carolina Schmidt, que hoje não treina mais comigo. Em seguida, formei meu próprio time, o The Match Team”, afirmou Marcos. 

Marcos cita combustíveis no Jiu-Jitsu

O faixa-preta citou quais são suas maiores motivações como professor e ressaltou a importância do trabalho duro e consistente.

“O que me deixa realizado como professor é saber que eu mudei positivamente a vida de alguém por meio do Jiu-Jitsu, assim como a minha mudou graças ao esporte. Eu também consigo fazer o jogo virar, motivar o aluno e fazer com que ele acredite no próprio potencial. Ele confia no processo, nós trabalhamos e conseguimos obter os resultados positivos. O mais importante para mim não é a medalha, mas a superação. O ganho de confiança não ocorre apenas no Jiu-Jitsu, mas na vida de forma geral. Se você batalhar honestamente, você vai alcançar seus objetivos. Então, isso me deixa muito feliz como professor”, reafirmou o líder da The Match Team.

Marcos Cunha e Bruno Sena. Foto: Reprodução/Instagram

Obstáculos nos Estados Unidos

Marcos Cunha teve um começo conturbado nos Estados Unidos e precisou superar diversas adversidades em busca de seu sonho. O professor listou esses obstáculos e reforçou que trabalha diariamente para evoluir em seu ofício.

“Um dos maiores desafios foi ficar longe da minha família porque o visto da minha filha foi negado. Então, não tinha como a minha família vir comigo. Passei seis meses longe deles e tive que esperar a aprovação da documentação. Quando tudo se resolveu, minha família veio ficar comigo. Outra adversidade foi o idioma. Estou melhorando, mas sinto que a minha aula ainda não é a melhor porque ainda não me expresso da maneira que gostaria. Sei que no momento em que eu aprender a falar inglês melhor, vou dar uma aula à minha altura”, disse Marcos.

Fomador de talentos no Jiu-Jitsu

Ele já revelou diversos talentos que já fazem barulho nos principais campeonatos Jiu-Jitsu, como Bruno Sena, Duda Tozoni e Camila Reis. Marcos contou como funciona o processo para manter os alunos motivados e reiterou o papel do trabalho em equipe.

“Sou apaixonado pelo que faço, acredito e me dedico muito no meu trabalho. Confio demais nos meus atletas, às vezes mais do que eles mesmos acreditam. Consigo fazer com que eles percebam que tudo é possível, basta ter dedicação. Eles se entendem e acreditam junto comigo. Então, conseguimos conquistar ótimos resultados juntos. Também sempre falo que o trabalho em equipe é fundamental. Por mais que você lute sozinho, ninguém treina sozinho. Um precisa do outro. Quando um ganha, todos ganham. Quando um perde, todos perdem. Crio um ambiente familiar na equipe”, disse Marcos Cunha.

Marcos celebra fase profissional

O professor definiu o momento profissional que vive atualmente e celebrou a inauguração de sua academia nos Estados Unidos.

“É a realização de um sonho porque eu sempre tive isso em mente, mas não sabia como concretizar. Mas nunca deixei de acreditar que isso aconteceria. É um sonho não só meu, mas de todos ao meu redor. Diversos atletas sonharam em estar nos Estados Unidos e lutar nos grandes eventos. Conquistamos isso, porém, não tínhamos suporte nenhum aqui. Com a abertura da minha academia, vou ter uma base sólida e vou poder dar todo suporte a eles. Além disso, vou poder gerar mais oportunidades aos atletas do meu projeto e aos meus professores porque todos sonharam comigo. Estou expandindo meu time. Então, Agora, vou poder devolver um pouco mais daquilo que eu recebi do Jiu-Jitsu. Nunca vou conseguir pagar o que o Jiu-Jitsu me deu, mas vou tentar retribuir ao máximo. Então, essa academia vai ser importante para dar oportunidades às pessoas que acreditam, que têm o mesmo sonho que eu tive um dia. Ainda tem muita coisa para acontecer, mas me sinto muito feliz”, concluiu Marcos.

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Escrito por Gabriel Almada

Jornalista aficionado por luta e faixa-roxa de Jiu-Jitsu

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