Promessa da Gracie Barra Chandler, nos Estados Unidos, Luke Fidler é um faixa-amarela que fez um barulho estrondoso nas competições kids ao longo de 2023. Primeiro do ranking da IBJJF, multicampeão de Opens, Flider foi campeão de dois dos maiores torneios da mesma chancela, o Pan e o Europeu Kids. Com performance sem falhas de janeiro a dezembro, o competidor embalou uma atuação capaz de mantê-lo intocável, sem entregar qualquer ponto ao oponente.
Em entrevista à equipe do VF Comunica, o aluno de Paulo Eduardo “Piu” relembrou as conquistas do ano passado com máximo orgulho. Para ele, jovem envolvido com Jiu-Jitsu há cerca de 7 anos, a temporada passada foi a favorita dele, em termos de conquistas e evolução.
“Pessoalmente, 2023 foi um ano maravilhoso, meu ano de mais metas alcançadas no Jiu-Jitsu. Eu ganhei muitos torneios esse ano, não apenas os pequenos, mas os maiores também, como o Europeu, Pan, American National, Jiu-Jitsu Con, e muitos outros. Eu treinei incrivelmente duro para esses campeonatos e dediquei meu tempo livre para treinar, focando nos meus objetivos. Eu evoluí consideravelmente, de modo geral, em diferentes aspectos.”, analisa.
Rotina dura de treinos antecedeu os bons resultados
O trabalho duro para se tornar campeão é uma obrigação que Luke aceita com bravura. Para poder respirar aliviado após a temporada sem falhas, ele teve que pagar o preço. “Na preparação para o Pan Kids eu treinei muito. Eu acordava às seis da manhã para os treinos de sete às dez. Após isso, eu partia para a preparação física de onze ao meio dia. Então, eu voltava para casa, comia e tirava uma soneca de vez em quando. Mais tarde, voltava para o treino de cinco às nove da noite. De volta para casa, tomava banho, me alimentava e ia direto para a cama.”, conta.
Com um estilo progressivo, que não deixa brechas para os adversários, a evolução da parte técnica é muito visível nos resultados de Luke. Ao entrar em detalhes sobre o seu jogo, fica claro que o faixa-amarela pisa no tatame consciente do que deve fazer.
“Quando eu luto, gosto de começar por baixo para raspar ou finalizar. Caso eu raspe, eu procuro passar a guarda do meu adversário, pegar as costas e finalizar a partir daí.”, detalha. Como um bom guardeiro, a ideia é puxar para a guarda logo no início, evitando a troca de queda. Porém, ele diz que “derruba se for necessário”.
Tendo subido no lugar mais alto do pódio no Pan e no Europeu, Luke Fidler tem como luta preferida de 2023 um duelo de um Open, contra Mark Traven, em Houston. Ele diz que a movimentação dessa luta, com dois berimbolos e uma pegada de costas quase letal, o armlock só não aconteceu por conta do cronômetro, injetou confiança no potencial do faixa-amarela, que tem agora uma temporada nova em folha pela frente.