A academia de Paulo Eduardo “Piu”, Gracie Barra Chandler, no Arizona, Estados Unidos, vem conquistando o título de celeiro de campeões por conta de um time de competidores, moldados ainda na base, que está ampliando o alcance de vitórias nos principais torneios de Jiu-Jitsu. Digno da confiança do veterano, Lucas Castro, recém-promovido à faixa-preta, é um dos atletas da GB Chandler que faz do aprendizado um recurso importante não só para ele, competidor em busca do lugar mais alto do pódio. Na mesma academia onde lapida o seu Jiu-Jitsu, Lucas Castro se divide, com gosto, entre as funções de atleta e professor.
Natural de Capivari, em São Paulo, Lucas Castro entrou em contato com as artes marciais através do Muay Thai. Um convite inusitado fez com que ele conhecesse o Jiu-Jitsu, se apaixonasse pela luta e mudasse completamente a sua vida.
“Eu comecei a me interessar por artes marciais através do Muay Thai. Foi nesse período que eu conheci a esposa do meu professor do Brasil e ela me convidou para fazer uma aula de Jiu-Jitsu. Desde o primeiro dia eu já sabia que seria disso que eu queria viver.”, conta o faixa-preta, com brilho nos olhos ao relembrar do amor à primeira vista.
Lucas Castro recebeu proposta para ir para os Estados Unidos ainda na faixa-azul
A prática de Jiu-Jitsu levada a sério como atleta, com dedicação aos treinos de competição, levaram Lucas ao segundo lugar do pódio do Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, ainda na faixa-azul. A exposição dessa conquista na vitrine, no maior palco de Jiu-Jitsu do mundo, foi determinante para Lucas receber a melhor oportunidade de sua vida até então.
“O professor “Piu” estava procurando dois atletas para passar uma temporada treinando e competindo com a Gracie Barra no Arizona. Ele me mandou uma mensagem perguntando se eu queria essa oportunidade. Essa, com certeza, foi a virada de chave na minha carreira.”, relembra.
Graduado à preta no ano passado, Lucas Castro já colocou títulos novos em folha no quadro de medalhas da carreira. No final do ano passado, pisou nos tatames do Mundial No Gi, da IBJJF, um dos mais disputados da modalidade, e terminou medalhando: terceiro lugar na divisão dos galos. Já no início do ano, em janeiro, o faixa-preta disputou o San Jose Open, da IBJJF. Na ocasião, o ouro se transformou em realidade.
“Eu me senti muito bem nesse campeonato. Consegui aplicar um jogo de passagem que é um dos pontos fortes do meu professor, um jogo que não é o normal no peso galo. Assim, ganho também um pouco mais de confiança a cada campeonato que participo como faixa-preta”, comenta, evidenciando o fator surpresa no game dos mais leves.
Primeiro semestre de 2024 será dedicado aos campeonatos de kimono
Com foco total nos torneios disputados de kimono, Lucas Castro já aponta a participação em alguns Opens, como em Sacramento e Los Angeles, para aquecer as turbinas para o Pan-Americano e Mundial.
“O foco agora na primeira metade do ano é com certeza nas competições de kimono. Meu objetivo é elevar, passo a passo, o meu nome entre os melhores do peso galo no ranking de kimono, lutando o máximo de campeonatos que eu conseguir, performando bem. Aqui, no Arizona, a gente mantém o foco no treino de kimono, fazemos alguns sem kimono para não perder o ritmo.”, conclui, determinado a trabalhar incansavelmente na nova temporada.