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Belga José Steve chega com missão de buscar o ouro no Brasileiro de Jiu-Jitsu

Faixa-roxa lapidado por Isaque Bahiense foi segundo colocado no Mundial do ano passado

Treinando em ritmo intensivo depois da sua chegada da Bélgica, José Steve se mostra encantado com a intensidade com a qual os atletas brasileiros lidam com o Jiu-Jitsu.
Presente nas principais competições de Jiu-Jitsu a nível internacional, José Steve está vivendo o Jiu-Jitsu intensivamente no Brasil. Foto: @gabrielvemendes – @beatrizlina

O atleta belga José Steve, aquisição recente da Dream Art, está dedicando máximo de si nos tatames da equipe de Isaque Bahiense. Treinando em ritmo intensivo depois da sua chegada da Bélgica, o faixa-roxa de Jiu-Jitsu se mostra encantado com a intensidade com a qual os atletas brasileiros lidam com o esporte. 

“Eu gosto de treinar no Brasil porque sinto que a atmosfera é diferente. Aqui os caras treinam o dia inteiro e quando o treino de competição acaba, alguns dão aulas particulares, depois tem a preparação física e outros fazem sessões de drill. Basicamente, minha mente fica imersa o dia todo em uma perspectiva de performance.”, comentou em entrevista ao VF Comunica, ressaltando que na Bélgica esse é um aspecto totalmente diferente, já que no país europeu o hábito de se conectar ao Jiu-Jitsu é apenas parcial, restrito aos horários de treino.

A presença de Steve nos principais torneios de Jiu-Jitsu pelo mundo é uma constante. Foi assim que se estabeleceu o contato com Isaque Bahiense, que gostou do que viu e contratou José, segundo colocado no Brasileiro do ano passado, para integrar o time da Dream Art. Naquele mesmo ano, ele conquistou a prata no Mundial. Na temporada atual, mais uma medalha de prata integrou a coleção, conquistada no Pan da IBJJF. “Ouro, ouro, ouro. Para mim, esse é um objetivo mais do que alcançável. Estou acostumado a chegar em finais, mas o objetivo agora é chegar e sair com o ouro.”, respondeu quando questionado sobre objetivos. 

Na temporada atual, mais uma medalha de prata integrou a coleção de José Steve, conquistada no Pan de Jiu-Jitsu.
Na temporada atual, Steve foi vice-campeão em um dos torneios mais disputados do ano: o Pan de Jiu-Jitsu, na Flórida. Foto: @lunivers.athletics

A poucos dias do Campeonato Brasileiro, José Steve está ciente que essa é uma competição que concentra os melhores do mundo, já que muitos atletas bem preparados, impedidos de lutar fora do país por conta de visto, chegam no Brasileiro com fome de vitória. Ele cita o Grand Slam da IBJJF como passos importantes no caminho que vai levá-lo ao destino final que mais importa: o Mundial.

“O objetivo para esse campeonato é performar o mais perto possível do que eu serei capaz de fazer no Mundial. No ano passado eu consegui chegar à final, mas infelizmente perdi na decisão. A meta esse ano é faturar a medalha de ouro.”, afirmou. 

Hoje, José Steve é capaz de treinar e aprender diretamente com Isaque Bahiense, um ídolo

Citando Isaque Bahiense como um dos ídolos do esporte, Steve é um estudioso nos momentos de descanso do treino físico, que cultiva o costume de assistir e analisar vídeos. As performances de Bahiense são algumas das que ficam no repeat. Ao se aprimorar no tatame da Dream Art, José está aproveitando a oportunidade de conhecer o lado humano e profissional de um ídolo. 

“É curioso porque hoje eu tenho não somente a oportunidade de treinar com essa fera, mas também tenho a chance de descobrir uma pessoa excepcional, não somente no BJJ. O Isaque se comporta um pouco como um grande irmão para mim. O que o diferencia dos demais é que ele realmente gosta do que faz. Em termos de Jiu-Jitsu, ele me trouxe um ponto de vista estratégico e técnico. Ele era a peça que estava faltando para o meu Jiu-Jitsu melhorar.”, contou com admiração.

Nessa conexão Bélgica-Brasil, José, que conheceu o Jiu-Jitsu por acaso, ao acompanhar o sobrinho em algumas aulas da modalidade, tem propriedade para apontar as principais diferenças do desenvolvimento do esporte em ambos os países. Para ele, a dedicação dos brasileiros, em tempo integral, é o que mais chama a atenção por aqui. No entanto, como o desenvolvimento da arte marcial é uma realidade mundial, José faz questão de citar Florian Bayili, Naim Mojahed e Inès Hadi como conterrâneos com bons resultados em competições. Quando tomou gosto pela Arte Suave, ainda na Bélgica, José passou a dedicar a vida à evolução técnica. A partida para o Brasil, para respirar o esporte, parecia um fluxo natural. “Hoje no Jiu-Jitsu estou dando tudo de mim, ainda não sou o melhor, mas estou trabalhando para me tornar.”, concluiu, orgulhoso de si mesmo.

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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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