Para os que não o conhecem, Jason Chih é um jovem talento sob a orientação de Vicente Júnior, o faixa-preta 5º grau da linhagem do mestre De La Riva. Faixa-roxa de Jiu-Jitsu e parceiro de equipe do faixa-laranja Gabriel Silva, outra promessa do esporte, Chih contou à equipe do VF Comunica alguns detalhes sobre a sua carreira, evolução de seu estilo de jogo e planos para o futuro.
Atleta jovem, com 18 anos completos em 2023, Jason passou pela difícil transição de juvenil para adulto, uma fase obrigatória, mas pouco comentada, àqueles que se dedicam à competição desde a infância. Caso de Jason. “Esse ano foi o meu primeiro na divisão dos adultos. Se ajustar à divisão é uma tarefa desafiadora, mas eu fui capaz de terminar o ano vencendo. Eu acho que evoluí mais estrategicamente já que quase todas as lutas que perdi foram por uma margem bem pequena. Eu comecei a lutar com um plano de jogo melhor”, analisa o campeão faixa-roxa adulto do Jiu-Jitsu Con da IBJJF, este ano.
Da aprendizagem da defesa pessoal à rotina de atleta
Quando perguntado sobre como começou a praticar Jiu-Jitsu, o atleta disse que o Jiu-Jitsu foi uma escolha do pai pelo fato de ensinar defesa pessoal de forma bastante prática. A preocupação do pai, que procurou meios do filho aprender a se defender, virou algo a mais, transformando Chih em um atleta cheio de vontade de ir sempre mais além, compromissado com os treinos comandados por Vicente Júnior.
“Basicamente nós trabalhamos em posições específicas que sentimentos que precisamos trabalhar em cima delas para melhorar e, então, partimos para muito sparring. (…) Meu estilo é mais técnico, mais baseado no jogo de guarda, mas também estou gostando muito mais de passar”, revela o guardeiro afiado, seguindo à risca a afirmação de que a repetição leva à perfeição.
Jason Chih quer atuar no grappling em 2024
Atento às tendências que encaminham o competidor a opções de mais rentabilidade e notoriedade, Jason Chih já incluiu o grappling no seu radar. De acordo com ele, o Jiu-Jitsu dificilmente vai se igualar ao grappling em termos de crescimento, visto que é nessa modalidade que o público encontra o esperado entretenimento.
“Eu tenho planos de lutar mais No Gi em 2024, pois ao que tudo indica, é pra lá que o esporte está se encaminhando. Eu acho que vai ser difícil para o Jiu-Jitsu se profissionalizar porque, ao contrário de outros esportes, é mais complicado e as pessoas assistem principalmente pelo entretenimento. Isso é difícil para o Jiu-Jitsu, já que os competidores do topo estão, geralmente, muito equiparados.”, afirma, concluindo a entrevista mostrando disposição ao dizer que as medalhas de ouro mais almejadas no ano que vem são as do Mundial e do Pan, dois dos ápices da IBJJF.