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Craque do Jiu-Jitsu, Guybson Sá tem como missão conquistar mais medalhas em 2024

Nos Estados Unidos desde 2009, o faixa-preta comanda a Spartan Academy, na Carolina do Sul

Guybson Sá
Guybson Sá em dia de trabalho e treino na Spartan Academy. Foto: @guybson_sa

Faixa-preta representante da raíz do esporte, Guybson Sá, aos 35 anos de idade e atleta de peso da divisão dos masters, carrega uma bagagem de importantes glórias no esporte. É um colecionador de medalhas de torneios da IBJJF, com pano e sem, além da sua passagem pelo ADCC. Nos tempos de adulto, Sá acumulou vitórias sobre expoentes como Rodolfo Vieira e Marcus Almeida, conquistas que alavancaram o seu status de lutador.

Nos Estados Unidos desde 2009, o faixa-preta 4º grau, natural de Fortaleza, no Ceará, é hoje head coach da Spartan Academy, na Carolina do Sul. Na unidade, são ministradas aulas de Jiu-Jitsu, com espaço dedicado também ao treinamento de atletas de MMA.

Em entrevista ao VF Comunica, Guybson deixou a sua perspectiva sobre diversos assuntos. Um deles, em voga atualmente, é o crescimento vertiginoso do grappling no meio competitivo. De acordo com ele, o dinamismo das lutas e o nível técnico dos atletas, de fato, são o grande diferencial. “Hoje em dia acho que as lutas de grappling estão mais dinâmicas e com atletas de alto nível vindo do MMA, Jiu-Jitsu com kimono, Wrestling, Sambo, entre outras, fazendo uma boa mistura de todas essas artes no grappling. Esse alto nível faz com que as lutas fiquem mais atrativas e consequentemente causem mais curiosidade entre os fãs.”, opina.

Como mestre, Guybson não vê distinção entre atletas e praticantes

Hoje em dia, há uma tendência de academias mais voltadas para treinamento competitivo e outras com abordagem mais comercial. Na metodologia de Guybson, não existe distinção entre o atleta que compete e aquele que só treina. Afinal, o praticante assíduo nos treinos pode muito bem ser treino para o participante de competições. 

“Eu na verdade me preocupo mais com a academia como um todo. Temos competidores de níveis nacional e internacional, mas sempre me preocupo com todos os alunos independentemente de serem competidores ou não.”, explica o faixa-preta, deixando claro que preza valores como resiliência e respeito no seu método de ensino além de, obviamente, preocupar-se com a parte técnica dos seus alunos.

Guybson Seminário
Fortaleza sediou seminário ministrado por Guybson Sá. Foto: @guybson_sa

Por falar na prática do Jiu-Jitsu no geral, entre competidores ou não, Guybson acredita que o esporte tem potencial para se tornar o mais praticado ao redor do mundo. Quem treina sabe a falta que faz entrar no tatame e gastar as energias após um dia exigente de obrigações. “Muitos já entenderam os benefícios e não conseguem viver sem isso. Só a gente que treina sabe o quanto é ruim passar 2 ou 3 dias longe do tatame. As escolas, empresas e condomínios já viram isso também e estão implantando nos seus locais um treinamento para todos.”, afirma.

Quando perguntado quais são os atletas que mais gosta de acompanhar, Tainan Dalpra, Gordon Ryan, Victor Hugo e os irmãos Miyao apareceram na resposta. Já que vimos Gordon na lista, o trash talk entrou no debate. 

“Eu acho que até certo ponto é muito legal e trás um entretenimento extra para os eventos, atraindo um público novo. Porém, acho que mesmo com o trash talk deve ser mantida uma linha de respeito, deixando de fora outras pessoas como familiares.”, constata.

GP de Masters é uma realidade bem provável para Guybson Sá

Para 2024, Guybson Sá, no seu quinto ano de master, pretende lutar mais para obter bons resultados e uma colocação favorável no ranking da IBJJF. Com atuações expressivas de atletas com mais de 30 anos, não é improvável que a federação internacional invista em um GP para essa divisão de lutadores. Se isso acontecer, Guybson espera ter o seu nome nas chaves da disputa.

https://www.youtube.com/watch?v=ASofoGF92HE
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Escrito por Emmanuela Oliveira

Emmanuela Oliveira é faixa-marrom de Jiu-Jitsu e formada em Comunicação Social. Dentro do tatame, aprendeu que é possível conjugar Jiu-Jitsu, escrita e o gosto pelas artes visuais em um só pacote.

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