Emmanuela Oliveira 
O mês de março já começou produtivo para Gabriel Silva, faixa-laranja de Vicente Júnior, o número 1 no ranking da IBJJF na contagem do ano passado. Após estrear no No Gi com uma medalha de bronze em um Open do ADCC disputado em Atlantic City, em fevereiro, Gabriel Silva vestiu o kimono para performar no Dallas Open da Federação Internacional de Jiu-Jitsu. O resultado foi o ouro conquistado por finalização, uma constante na jornada de Gabriel.
Atleta da classe kids, mas que analisa o próprio jogo com critérios de uma mente mais madura, Gabriel disse em entrevista ao VF Comunica que prefere trabalhar na sua evolução sempre usando cada luta como parâmetro.
“Eu acho que a maior diferença é que as minhas lutas de kimono foram mais rápidas que a maioria das disputas do ano passado. Honestamente, eu não procuro analisar e comparar as performances de ano em ano como eu faço de torneio em torneio. Geralmente eu identifico o que faço na competição mais recente e penso o que posso fazer de melhor na próxima. Por exemplo, em Londres eu lutei com um garoto com as pernas muito longas e tive problemas para passar, depois disso trabalhei mais em passagem. Em Dallas aconteceu algo parecido, mas consegui reagir mais rapidamente.”, explicou.
Gabriel Silva leva a sério cuidado com a parte mental
Mesmo obtendo bons resultados, Gabriel Silva também reconhece a necessidade de cuidar da parte mental. De acordo com ele, sua maior evolução ao longo do tempo está mais na parte psicológica, com o controle das emoções; do que física, na parte técnica.
“Eu acredito que, como atleta, eu melhorei em controlar as minhas emoções. Um dos meus maiores problemas, desde o início, foi domar o meu psicológico e ao longo do tempo eu tive que aprender. Isso é algo que não dá para ensinar, você precisa aprender sozinho.”, comentou o faixa-laranja.
Medalha de ouro no Brasileiro é um dos maiores objetivos da temporada
O Campeonato Brasileiro da IBJJF, que acontece todos os anos em Barueri, São Paulo, é uma das metas principais de Gabriel em 2024. Embalado pelos excelentes resultados até aqui, o competidor de Vicente Júnior disse que pretende chegar ao Brasil em sua melhor versão.
“Eu quero estar lá 100% em forma e capaz de entregar toda a minha energia, força e não desidratar. Eu planejo lutar como sempre faço em outras competições, fisicamente forte e com técnicas eficientes. Eu tenho força de vontade e o mindset correto, o mais importante agora é treinar e chegar lá no auge da minha versão.”, afirmou o atleta que já vislumbra, em um futuro breve, o domínio da divisão dos juvenis.
