Gabriel Almada 
Gabriel Silva é um jovem prodígio do Jiu-Jitsu e protagonizou uma atuação impecável no World Pro, na última semana. O faixa-laranja emplacou três vitórias impressionantes na categoria -60kg e levou a melhor na disputa.
Gabriel colocou em prática seu Jiu-Jitsu habilidoso e envolveu os oponentes com sua guarda engenhosa. Além disso, o americano mostrou vasto repertório de técnicas e executou diversas técnicas plásticas no decorrer da competição.
Gabriel é aluno de seu próprio pai, o faixa-preta Vicente Junior, que o ajudou durante a caminhada até o topo de Abu Dhabi. Ele e Vicente formam uma parceria de sucesso e o Jiu-Jitsu uniu ainda mais o pai e o filho.
Gabriel Silva lista desafios de lutar no World Pro
Em entrevista ao VF Comunica, Gabriel mencionou os principais obstáculos de competir em Abu Dhabi.
“Uma das maiores dificuldades foi a desidratação. A primeira vez que tive de lidar com isso foi no Nacional Americano, em julho passado, e isso quase me custou o título. Aqui, porém, mesmo tentando me manter hidratado entre as lutas, e antes delas, comecei a ficar desidratado. O pico foi durante a segunda partida, mas eu sabia que, não importava o que acontecesse, teria de insistir até o fim. Felizmente, consegui descansar bastante na final, o que me ajudou a vencer o torneio”, relatou o faixa-laranja.
Apesar de ser jovem, Gabriel já gosta da adrenalina e cresce nas lutas mais desafiadoras. Então, Gabriel Silva apontou que a final do World Pro foi a luta que ele mais gostou do seu desempenho.
“Gostei da minha última luta, embora acredite que tenha sido a mais difícil. Adoro partidas realmente difíceis, acho que às vezes elas são divertidas. O fato de eu ter vencido a luta só me ajuda a gostar ainda mais. Competir é uma das minhas coisas favoritas, e vencer é sempre a melhor parte, quando acontece. Além disso, demonstrei vários movimentos divertidos durante a luta e, como eu disse, eu me diverti muito. Não que minhas outras lutas não tenham sido divertidas, mas se eu tivesse que escolher uma, seria essa”, afirmou o campeão.
Gabriel conta como se blinda do nervosismo
Gabriel explicou como se prepara mentalmente para as lutas a fim de não deixar o nervosismo interferir em sua performance.
“Normalmente, para me preparar para uma luta, só preciso fazer isso na minha primeira. Ouço música e faço um pequeno aquecimento. Cada pessoa tem uma maneira diferente de se preparar e deixar o nervosismo de lado. Aprendi que esse método funciona melhor para mim. Demorei um pouco para aprender o método de trabalho, mas agora que o conheço, consigo me preparar melhor para um torneio fazendo isso”, disse o faixa-laranja.
Evolução constante
Gabriel analisou a evolução de seu Jiu-Jitsu nos últimos meses e destacou que está cada vez mais motivado para aprender.
“Acho que estou constantemente aprimorando uma pequena parte de tudo todos os dias. Estou sempre aprendendo a usar minha força um pouco melhor, o que funciona melhor para uma determinada técnica, qual pegada é mais útil em um passe específico e tudo mais. Além disso, estou sempre aprendendo, e meu conhecimento está crescendo rapidamente. Acredito que estou melhorando muito, para destacar um momento específico, desde que voltei do Nacional Americano. Desde então, estou melhor do que nunca, e ainda há muito mais a aprender à medida que fico mais velho”, declarou Gabriel.
Competir no World Pro não foi marcante para Gabriel Silva apenas pelo título, mas também porque ele colecionou novas memórias com o pai.
“Viajar com meu pai é sempre um momento incrível. Não apenas gostamos do local, mas também gostamos um do outro. Sempre temos uma lembrança engraçada para recordar de cada viagem. Definitivamente, meu pai é um dos melhores companheiros de viagem possível”, disse Gabriel.
Gabriel cita tratamento como “herói”
O americano exaltou a AJP e reforçou que se sentiu como um herói enquanto competia no World Pro.
“O que mais gostei na federação foi o excelente trabalho que eles fazem para ser profissionais e fazer com que todos se sintam os melhores. O principal ponto de promoção que notei foi o fato de Abu Dhabi ser a capital dos heróis e, quando atravessei o túnel até meu tatame, me senti como um deles. Eles fazem um ótimo trabalho, fazendo com que todos se sintam heróis, seja a pessoa no topo do pódio ou a pessoa que simplesmente não conseguiu chegar lá. Além disso, o show inteiro é absolutamente deslumbrante. As luzes, os telões, a música para a abertura do novo dia… tudo foi incrível. Espero voltar no próximo ano para defender meu título mundial do World Pro e, se não for possível, voltarei em algum momento no futuro”, finalizou Gabriel Silva
