As primeiras lutas de grappling de Gabriel Almeida na temporada de 2024 foram na seletiva do ADCC em Belo Horizonte, no último sábado, dia 2 de março. Após um tempo afastado para recuperação de uma cirurgia no joelho, o lutador que despontou na carreira por suas qualidades de finalizador enfrentou os desafios impostos pelo ADCC com motivação intensa, deixando claro que a reputação não arrefeceu com o hiato. Em entrevista ao VF Comunica, após faturar a prata no torneio, o grappler deu maiores detalhes sobre a experiência na Trials.
“Fiquei feliz de poder lutar para frente. Me puxei bastante e deixei tudo ali dentro. É assim que gosto de lutar. Estava confiante na preparação. Tive uma rotina bem intensa, me dedicando aos treinos durante os sete dias da semana para chegar lá da melhor forma possível.”, detalha o faixa-preta que performou em uma final duríssima com Charles Negromonte, campeão da divisão dos 88 kg.
Gabriel Almeida manteve perfil finalizador na seletiva de BH do ADCC
Para chegar até a final da seletiva do ADCC em BH, Gabriel passou por cinco lutas e concluiu todas elas com finalização, um desempenho incrível que pode se repetir, dessa vez com o ouro como desfecho, na seletiva que vai acontecer no próximo sábado, dia 9, em São Paulo. Caso vença, ele repete o feito de 2019, quando subiu ao lugar mais alto do pódio na seletiva sediada no mesmo estado.
“Esse é um lado do meu Jiu-Jitsu que eu prezo muito. O ataque da finalização não só pode acabar com a luta, como também ajuda a abrir espaços no jogo do oponente. Lutar para pegar torna a luta mais intensa e mais legal de ver, o público gosta mais. (…) Eu retorno ao ADCC em São Paulo com mais fome de vitória. Trabalhei essa semana em detalhes que senti que poderia evoluir em curto prazo, mas pretendo lutar da mesma forma, sempre progredindo.”, afirma.
Sinergia entre técnica e preparo físico é fundamental
Ainda acerca das exigências do ADCC, uma das competições de grappling mais disputadas do mundo, Gabriel disse que o campeonato exige “uma batalha muito física”, obrigando o campeão a buscar sintonia entre estratégia e condicionamento físico.
“Sinto mais confiança hoje, tanto no meu wrestling como nos meus ataques de finalização. Sempre fui mais guardeiro, mas sinto que evoluí muito nesses outros quesitos. Além disso, meu condicionamento também está muito bom. O ADCC é uma batalha muito física, então tem que estar com o gás em dia para não cansar e ceder posições.”, encerra, mais do que disposto a conquistar a vaga para o Mundial do ADCC em agosto, em Las Vegas, nos Estados Unidos.