Felipinho Machado é um talento raro que surgiu do grappling que surgiu no Brasil nos últimos anos. Ele é apontado como um futuro astro e se destaca pelo estilo finalizador e pela personalidade cativante. O atleta da Pirâmide Grappling é daqueles competidores que não perde a oportunidade de provocar os adversários e cresce nos momentos decisivos. O jogo atraente para quem gosta do ADCC e o caos que ele costuma instaurar nos campeonatos que ingredientes que alimentam a expectativa quando ele entra em ação.
No último domingo, Felipe foi coroado com um título almejado para coroar seu momento no Jiu-Jitsu. Felipinho se tornou campeão brasileiro no peso-pluma após vencer duas lutas. Ele bateu na trave no ano passado, ao ficar com a prata, mas escreveu um roteiro diferente nesta edição do evento da CBJJ.
Na final, o carioca abriu 8 a 2 sobre Welerson Gonçalves e garantiu o ouro após o “Destemido” ser desclassificado por sofrer quatro punições já nos instantes finais do confronto.
Em entrevista ao VF Comunica, Felipinho Machado descreveu o que essa conquista representa para a sua carreira.
“Faz um ano e meio que eu estou treinando para competir e nesse ano tenho me esforçado para ganhar o máximo de competições possível. Esse ouro é apenas a representação do meu trabalho. Ninguém trabalha mais duro do que eu, me dedico em corpo e alma, eu vivo o Jiu-Jitsu. O resultado foi apenas questão de tempo. Bati na trave no ano passado e já sabia que esse título era meu. Fiz uma ótima preparação e realizei um sonho, o primeiro de muitos que estão por vir”, vibrou o faixa-preta.
Lipe destacou que a pressão e a torcida contra o deixam ainda mais motivado e faminto pela vitória e reiterou que, apesar de ser um finalizador nato, seu ponto mais forte é o sistema de defesa.
“Eu gosto desse clima, da muvuca, dos amigos torcendo e das pessoas torcendo contra também. Eu gosto da pressão da final, então eu me divirto. Já aviso logo, se tem alguém que acha que eu me incomodo, digo que vocês só me ajudam. Foi maneiro demais, já quero lutar de novo. As pessoas sempre me veêm atacar e lutar para frente, só que muitos não sabem a forma como eu treino. Acho que eu sou o cara mais finalizado na academia, por isso tenho mais confiança nas competições e não sou finalizado nos campeonatos. O meu diferencial é a minha defesa. Uma palavra que define meu Jiu-Jitsu é invencível”, disparou Felipinho.
Felipinho terá a oportunidade de mostrar a periculosidade de seu Jiu-Jitsu num dos maiores palcos do grappling. Ele foi convocado por Mo Jassim para representar o time Modolfo no Aiga, em dezembro. O lutador da Pirâmide comentou os preparativos para o torneio e reforçou que está animado para dar um show.
“Abri mão de lutar o Mundial Nogi porque todos os olhares estarão no Aiga. Vai ser uma experiência irada porque não vamos lutar apenas Jiu-Jitsu, é um campeonato de grappling. São vários estilos reunidos no evento, mas tenho a minha estratégia correta. Vou fazer duas lutas e tenho certeza que vou vencer ambas. Sou o melhor do mundo na minha categoria. Já deixo o convite para enfrentar o próximo campeão mundial no peso-pluma para provar quem é o melhor”, desafiou Lipe.
Felipe ainda mencionou dois adversários que gostaria de enfrentar em possíveis lutas casadas nas regras do ADCC.
“Minha única derrota nesse ano foi para o Diogo Reis. Senti que eu não me soltei muito e ele também não conseguiu fazer muita coisa, me ganhou nos pontos. O mundo do Jiu-Jitsu merece essa luta por causa dos nossos estilos. O Lucas Pinheiro se aposentou, mas disse que ainda precisa fazer mais uma luta. Foi a minha final do Brasileiro Sem Kimono 2022, senti que poderia ganhar, perdi no detalhe”, concluiu Felipinho.