Nicolas Renier, 36 anos, é um faixa-preta que tem como missão propagar a história da Luta Livre ao redor do mundo, após fazer carreira como competidor de grappling. Campeão de quatro seletivas do ADCC na Europa, ele chegou a participar do maior evento de grappling por seis vezes – duas sendo convidado pela organização de Mo Jasim, principal organizador do Abu Dhabi Combat Club.
Hoje, o francês reside no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, onde comanda sua própria academia, a NR Fight, especializada em treinos de Luta Livre, arte na qual Nicolas tem uma paixão enorme.
Em paralelo às suas aulas, Nicolas reserva tempo para produzir e criar documentários que vão ajudar na popularização da Luta Livre. Em 2014, ele produziu sozinho um documentário chamado “Luta Livre Spirit” com 12 episódios, que reúne personalidades como Roberto Leitão, Leozada Nogueira e Alexandre Pequeno.
“Minha missão é divulgar o nome da Luta Livre para mostrar que não tem só uma modalidade de luta de chão. Tem também a Luta Livre que pode ser uma outra opção além do Jiu-Jitsu. Podemos construir “um mundo” melhor oferecendo uma outra alternativa para os praticantes de artes marciais. No documentário, que está no meu canal no Youtube, você pode ter conhecimento de como a Luta Livre foi importante para muita gente, como esta modalidade mudou a vida de muitos brasileiros. Eu quero que todo mundo saiba disso”, explica Nicolas, praticante desde 2001, onde teve Flávio Peroba como seu primeiro professor.
Nicolas também explica porque a Luta Livre não conseguiu uma projeção igual ao Jiu-Jitsu em termos de visibilidade.
“Não conseguimos uma projeção grande igual ao Jiu-Jitsu porque faltou algumas cabeças pensantes para usar o marketing e poder vender a nossa modalidade para um público maior. Querendo ou não, o Jiu-Jitsu aprendeu muito com a Luta Livre, pois sempre teve essa troca de informações entre os dois. Milton Vieira na BTT, o mestre Roberto Leitão na Nova União…”, comenta Nicolas, faixa-preta há nove anos.
Nicolas quer manter o crescimento de sua escola no Brasil e aumentar suas filiais na França, além de usar a Internet para levar a filosofia da Luta Livre para mais praticantes.
“Eu já conquistei tudo o que meu nível me permitiu conquistar. Hoje em dia eu tenho orgulho do que eu consegui ganhar, participar e ter um nome dentro dessa modalidade. Agora eu quero difundir a minha luta de uma maneira diferente na internet e com a abertura de várias academias na França”, encerra o professor.